19/04/2025
Delegada xinga e agride entregador ao exigir delivery na porta do apartamento: "seu vagabundo"
BELÉM, PA - Um vídeo mostra uma delegada da Polícia Civil
agredindo e xingando um entregador no momento da entrega do pedido em um
condomínio no bairro Parque Verde, em Belém. A Corregedoria da Polícia Civil
abriu um procedimento administrativo para apurar o caso. A informação é do g1. “Bora, seu vagabundo, me dá a p**** da comida. Eu paguei”,
diz a delegada, no vídeo. O motivo da discussão seria porque o entregador não foi
deixar a comida na porta do apartamento. Ele disse que estava na portaria,
tentando contato com a delegada Kari Grazielle Klat, quando ela chegou de
maneira grosseira exigindo a entrega na porta. Revoltada, a delegada disse que o pedido foi pago para ser
entregue na porta da casa dela. No momento da discussão, o entregador afirma
que ela tentou derrubá-lo da bicicleta. No Brasil, os entregadores não têm obrigação de ir até a
porta dos clientes, segundo os principais aplicativos de delivery que atuam no
país. O vídeo flagra a delegada chamando o entregador de
"vagabundo" e quando ela tenta puxar o celular dele, enquanto ele
tentava registrar a ação. Ela ainda chegou a ameaçar dar voz de prisão ao
trabalhador. Ainda de acordo com o relato da vítima, a delegada se
recusava a fornecer o código para a entrega do pedido. O caso gerou repercussão nas redes sociais contra a atitude
da delegada de Polícia Civil. Ainda no dia do ocorrido na quarta-feira (16),
entregadores protestaram do lado de fora do condomínio pedindo respeito com a
categoria. Em nota enviada pela ADEPOL (Associação dos Delegados do
Pará), a delegada disse que estava com ferimento no pé e por isso pediu entrega
na porta do apartamento, que o ciclista a chamou de “folgada” e não pediu o
código de entrega. Ela disse ainda, que o entregador queria levar o pedido, e
por isso disse que poderia dar voz de prisão. Ainda segundo ela, as imagens
divulgadas não mostram a totalidade dos fatos. A manifestação dos entregadores em frente ao local “gerou
uma situação de medo e vulnerabilidade para a delegada, que precisou buscar
abrigo com uma vizinha por estar abalada e em estado emocional instável”,
informa a nota.
g1, com foto: Reprodução
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