16/01/2025
Modelo presa nega ser namorada de olheiro do PCC, mas investigação diz que os dois foram a motel
SÃO PAULO, SP - Uma modelo de 28 anos foi presa nesta
quinta-feira (16) pela Polícia Civil durante operação que prendeu suspeitos de
envolvimento com a morte do empresário Vinícius Gritzbach, delator do PCC. A
informação é do g1. Segundo a delegada Ivalda Aleixo, diretora do DHPP,
Jacqueline Moreira é moradora de Itaquera e é apontada pela investigação como a
namorada de Kauê do Amaral Coelho, "olheiro" que avisou atiradores
sobre a chegada de Gritzbach ao aeroporto e que segue foragido. Conforme a delegada, policiais estavam investigando quem
estava próximo de Kauê nos dias antes do crime e foi a partir dessa apuração
que chegaram a Jacqueline Moreira, apontada como uma das namoradas dele. Ela
negou envolvimento com o olheiro em depoimento nesta quinta. "Óbvio que ela nega que era namorada, disse que era
apenas um encontro casual, mas não é isso. Depois do que aconteceu no dia 8 de
novembro, o Kauê vai para a casa dela. De lá eles partem para um motel, onde
passam à noite. No dia 9, ele entrega o celular dele para ela. Ela diz que não
sabia o que ele tinha feito. Então, ele desaparece e ela diz que não sabe, só
ficou sabendo pela televisão que ele estava no Rio de Janeiro, o que não é
verdade, porque nós chegamos nela por conta da tecnologia, da quebra de sigilo
telefônico", afirma. 
"Nós temos vídeos de declaração de amor que ela fez pra
ele, então não é assim: ah, nos conhecemos na balada no Campo de Marte [Zona
Norte de São Paulo]", enfatiza a delegada. Ainda conforme a delegada, Jacqueline é envolvida com o
tráfico de drogas. A investigação presenciou uma entrega de drogas feita por
ela, diz Ivalda. "Conseguimos comprovar que ela entra no tráfico de
drogas e, óbvio, no favorecimento pessoal. E a prisão temporária está saindo no
tráfico de drogas, tanto pelo Kauê quanto para ela e um terceiro, que nós não
conseguimos localizar até o momento." Kauê, que foi o primeiro suspeito identificado pela
força-tarefa, continua foragido. "Nossa investigação entende que ele
[Kauê] não está mais no Rio de Janeiro. E aí nós temos, olha que interessante,
a pessoa que possivelmente foi ao Rio e retornou com ele para São Paulo",
explicou a delegada. O assassinato de Gritzbach foi registrado em novembro do ano
passado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Nesta
quinta-feira (16), a Corregedoria da PM também prendeu 15 policiais suspeitos
de envolvimento no crime. Um dos presos, o PM da ativa Denis Antonio Martins, é
apontado como a pessoa que fez os disparos.
g1, com fotos: Reprodução/Instagram
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