09/11/2024
Mulher é indiciada por fingir câncer com laudos falsos e arrecadar R$ 60 mil em vaquinha
CORDISBURGO, MG - Uma mulher de 36 anos foi indiciada em
Cordisburgo, na Região Central de Minas Gerais, suspeita de ter fingido um
diagnóstico de câncer para arrecadar dinheiro por meio de uma vaquinha virtual.
Suspeita de ser cúmplice no esquema, uma técnica de enfermagem, de 40 anos,
acusada de ter forjado laudos
médicos, também foi indiciada. Juntas, elas teriam obtido cerca de R$ 60 mil
com a fraude. A investigação começou no mês passado, quando um casal
procurou a Polícia Civil para denunciar o golpe. A suspeita, ex-cunhada de uma
das vítimas, entrou em contato com eles alegando que estava com câncer no
pâncreas e precisava de ajuda financeira para o tratamento. O casal contribuiu
inicialmente com R$ 2 mil e fez outras doações ao longo do tempo, respondendo a
novas solicitações da investigada. Para convencer as vítimas, a suspeita mantinha contato
frequente, relatando seu suposto estado de saúde e apresentando laudos médicos
para reforçar a mentira. Além disso, criou uma campanha de arrecadação on-line
para obter mais contribuições. A desconfiança do casal surgiu quando, ao examinar os documentos,
perceberam que um dos laudos estava assinado por um médico especializado em
otorrinolaringologia, área sem ligação com o tratamento de câncer de pâncreas. A polícia identificou outras vítimas e descobriu a
participação da técnica de enfermagem no golpe. Essa segunda suspeita, de
acordo com as investigações, teria visitado frequentemente a casa da família da
principal acusada, onde afirmava administrar medicamentos e chegou a informar
aos pais da suspeita que um tumor de 30 centímetros fora removido em uma
cirurgia inexistente. Em depoimento, a mulher de 36 anos alegou acreditar ter uma
"doença espiritual", sem diagnóstico médico, e afirmou ter
compartilhado essa suspeita com a colega de profissão, que então teria
falsificado laudos médicos usando modelos da internet. A investigada também
declarou que a técnica de enfermagem aplicava nela medicamentos controlados sem
receita e que ambas dividiam o dinheiro arrecadado pela campanha virtual.
EM, com foto: Divulgação/Polícia Civil
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