22/07/2024
Criminosos usam apagão cibernético para aplicar golpes e coletar dados, alerta Agência dos EUA
BRASÍLIA, DF - O apagão cibernético que afetou o mundo nesta
semana tem sido usado por criminosos como isca para aplicar golpes na internet,
coletando dados confidenciais de pessoas e empresas. Nos Estados Unidos (EUA),
a Agência de Defesa Cibernética (CISA) alertou sobre os riscos de se cair em
ações criminosas. “Vale ressaltar que a CISA observou ameaças de agentes
tirando vantagem deste incidente [apagão cibernético] para phishing e outras
atividades maliciosas. A CISA pede que organizações e indivíduos permaneçam
vigilantes e sigam apenas instruções de fontes legítimas. A CISA recomenda que
organizações lembrem seus funcionários de evitar clicar em e-mails de phishing
ou links suspeitos”, afirmou o órgão dos EUA. Phishing é roubo de dados mediante diversas formas de fazer
a pessoa entregar a informação para o criminoso. Geralmente, é enviado um
e-mail com link que leva para uma página falsa, contaminando o computador com
um vírus que rouba dados sigilosos, como informações sobre contas bancárias ou
dados sensíveis de empresas. No Brasil, também têm sido relatado alguns casos de phishing
usando como isca o apagão cibernético. Os criminosos oferecem soluções
tecnológicas para problemas gerados pelo apagão cibernético. Uma empresa de
Brasília enviou, neste sábado (20), um aviso aos seus funcionários. “A Gerência Executiva de Tecnologia da Informação informa
que diferentes atores de ameaça estão aproveitando o incidente relacionado ao
CrowdStrike Falcon para realizar campanhas de phishing e outras atividades
maliciosas. Foram implementadas medidas para bloquear e-mails maliciosos. No
entanto, alguns ainda podem escapar dos filtros”, informou a companhia. Apagão cibernético Uma falha na atualização de conteúdo relacionada ao sensor
de segurança CrowdStrike Falcon, que serve para detectar possíveis invasões de
hackers, foi a causa do ataque cibernético desta sexta-feira (19), que deixou
milhares de empresas e pessoas em todo o mundo sem acesso a sistemas
operacionais, especialmente o Windows, da Microsoft.
Lucas Pordeus León, com foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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