10/07/2024
Após recorde de 2022, extrema pobreza cai pela metade no Brasil em dois anos, com destaque para o NE
SÃO PAULO, SP - Após bater recorde em 2022, a extrema
pobreza no Brasil recuou pela metade em 2 anos, com destaque para o Nordeste,
onde o recuo foi mais acentuado. Vários fatores contribuíram para a queda.
Porém, o mais importante foi o investimento nas políticas de transferência de
renda. Em 2021, 19 milhões de pessoas viviam em situação de extrema
pobreza no Brasil. Gente que vivia com menos de R$ 209 por mês. Em dois anos,
esse número caiu 50%, chegando a para 9,6 milhões, segundo o Centro de Estudos Para
o Desenvolvimento do Nordeste do FGV IBRE. A principal razão para a queda, segundo o levantamento, foram
as políticas de transferência de renda no período. Destaque para o
Nordeste A pesquisa apontou ainda que metade dos brasileiros que
saíram da extrema pobreza no período vive no Nordeste. Eles também se
beneficiaram da valorização do salário mínimo, da melhora na economia, da
retomada no turismo e de um período com chuvas mais regulares. Os estados com as
maiores quedas na faixa mais pobre foram Rio Grande do Norte, Paraíba e
Pernambuco. Porém, a região ainda tem mais de 5,5 milhões de pessoas em
situação de extrema pobreza, o equivalente a 9% da população local. A pesquisa também mostrou que houve queda no número de
pessoas em situação de pobreza, mas num percentual menor, de quase 23%. A redução
foi de 78 milhões em 2021 para 60 milhões no ano passado. Esse grupo é formado por
brasileiros que vivem com até R$ 667,00 por mês. Novamente, o Nordeste foi a região
com o maior avanço total, onde 5,5 milhões de pessoas saíram da linha da
pobreza. Volta da Política de Valorização
do Salário Mínimo Segundo o jornalista Leonardo Sakamoto, Mestre e Doutor em Ciência
Política pela Universidade de São Paulo – USP, a mudança de realidade se deu,
em parte, pela volta da valorização do salário mínimo, “uma política que estava
parada durante os últimos quatro anos, que foram os anos do governo Bolsonaro,
e que retornou com o salário mínimo aumentando acima da inflação. O Salário mínimo
não é favor, é uma justa remuneração por um trabalho e a gente vê essa diferença
na redução da pobreza”. As informações foram repercutidas no Jornal da Cultura, da
TV Cultura, na noite desta terça-feira (09). Recorde em 2022 Reportagem publicada pelo Portal g1 no dia 2 de dezembro de
2022 mostrou dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) mostrando que, em 2021, o número de brasileiros vivendo
abaixo da linha da pobreza havia aumentado 22,7% na comparação com 2020. Já o
número de pessoas em situação de extrema pobreza saltou 48,2% no mesmo período. Os dois aumentos foram recordes, segundo o IBGE. Desde 2012,
o país nunca havia registrado um avanço tão grande da pobreza e, sobretudo, da
extrema pobreza. Em números absolutos, 11,6 milhões de brasileiros passaram a
viver abaixo da linha da pobreza. Outros 5,8 milhões passaram a viver em
condições de extrema pobreza. Com esse crescimento, o Brasil passou a ter 62,5 milhões de
pessoas abaixo da linha da pobreza, dos quais 17,9 milhões eram extremamente
pobres. Isso equivale a dizer que 29,4% da população do Brasil estava pobre e
8,4%, extremamente pobre. Ou seja, entre cada 10 brasileiros, aproximadamente três
viviam abaixo da linha da pobreza e um em condição de extrema pobreza. Veja a
reportagem completa CLICANDO AQUI.
Da Redação, com foto: Divulgação/Coecom-PMCG
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