28/06/2024
Imposto de importação de 20% para compras de até US$ 50 não incidirá sobre medicamentos
BRASÍLIA, DF - A cobrança de 20% de Imposto de Importação
sobre compras de até US$ 50 pela internet não incidirá sobre medicamentos
comprados por pessoas físicas, anunciou o ministro das Relações Institucionais,
Alexandre Padilha. Segundo ele, uma medida provisória (MP) para esclarecer a
isenção será editada nesta sexta-feira (28). “Do jeito que estava o texto, poderia suscitar uma dúvida se
existiria a taxação para medicamentos que são importados por pessoas físicas.
Vai sair uma medida provisória, publicada nesta sexta, que deixa claro que
importação de medicamentos por pessoas físicas está isento de qualquer taxação
adicional. Mantém as regras de isenção hoje”, disse Padilha. De acordo com o ministro, a MP também estabelecerá o início
da cobrança da taxa de 20% em 1º de agosto. Ele disse que esse prazo dará tempo
para que a Receita Federal faça as regulamentações necessárias e adapte os
sistemas para a cobrança. “A medida provisória deixa claro que a vigência é a partir
de 1º de agosto. Isso permite a organização da Receita e a própria adaptação
das plataformas para que tenha essa cobrança", declarou o ministro, após a
assinatura da lei que cria o Programa Mover e instituiu a taxação das compras
de até US$ 50 pela internet. Durante a cerimônia de assinatura, o vice-presidente e
ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin,
também mencionou a necessidade de manter os medicamentos isentos. “O que o
presidente Lula quer é excluir os medicamentos porque há pessoa física
importando medicamentos para alguns tipos de moléstias, de doenças. Então você
exclui os medicamentos”, afirmou. Como funcionará Desde agosto do ano passado, as compras de até US$ 50 em
sites internacionais eram isentas de Imposto de Importação, desde que os sites
estivessem inscritos no Programa Remessa Conforme, que garante liberação acelerada
da mercadoria. As transações, no entanto, pagavam 17% de Imposto sobre a
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo arrecadado pelos estados,
com as guias sendo cobradas pelos sites ainda no exterior. No fim de maio, a Câmara dos Deputados aprovou a taxação
federal de 20% como uma emenda à lei que criou o Programa Mover, de incentivo à
indústria automotiva. O Senado aprovou o texto no início de junho. Com a sanção da lei, as mercadorias passarão a pagar, além
do ICMS, 20% de Imposto de Importação sobre o valor de até US$ 50 ou 60% caso o
produto custe acima desse valor. Para itens entre US$ 50,01 e US$ 3 mil, será
concedido um desconto de US$ 20 na tarifa.
Wellton Máximo/Aline Leal, com foto: Tânia Rêgo – Agência Brasil
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