18/06/2024
Homem que confessou ter estuprado e matado enteada será julgado nesta terça em João Pessoa
JOÃO PESSOA, PB - O réu, Francisco Lopes de Albuquerque,
também conhecido como ‘Saboia’, será levado a Júri Popular nesta terça-feira
(18). O julgamento está previsto para começar às 9h, no 2º Tribunal do Júri da
Comarca de João Pessoa, 5º andar do Fórum Criminal da Capital. Francisco Lopes
foi pronunciado por estuprar, matar e ocultar o cadáver da própria enteada. O
Júri será presidido pela juíza Aylzia Fabiana Borges Carrilho. Além do crime de homomicídio, o réu responde pelas
qualificadoras do artigo 121, parágrafo 2º, incisos I (motivo torpe), III (com
emprego de asfixia), IV (mediante recurso que impossibilitou a defesa da
ofendida), V (para assegurar a impunidade de outro crime) e VI (contra mulher,
por razões do sexo feminino); artigo 211 (ocultação de cadáver) e 217-A
(estupro de vulnerável), todos do Código Penal. De acordo com autos, os crimes aconteceram no dia 7 de abril
de 2022, por volta das 3h30, na residência localizada na Avenida Joaquim
Ribeiro dos Santos Meira, n° 102, Bairro de Gramame, João Pessoa. “O réu
estuprou e, imbuído por motivação torpe, com emprego de asfixia e recurso que
impossibilitou a defesa da ofendida. Para assegurar a impunidade de outro crime
e contra a mulher por razões da condição do sexo feminino, ceifou a vida da sua
enteada, ocultando o seu cadáver em seguida”, diz parte da denúncia apresentada
pelo Ministério Público. Ainda segundo o processo, no dia dos crimes, a vítima estava
dormindo em seu quarto, no imóvel em que reside com sua mãe e padrasto, quando
‘Saboia’ entrou e “estuprou e, em seguida, a asfixiou com as próprias mãos”.
Após a prática dos delitos, informa os autos, Francisco removeu o corpo,
colocou-o em seu automóvel e se dirigiu até um local ermo, próximo à sua
residência, onde ocultou o cadáver em um poço com mais de dez metros de
profundidade. Ato contínuo, retornou a sua casa para dormir tranquilamente. A acusação afirma que, na esfera policial, Francisco
apresentou, inicialmente, versão do fato que foi rebatida pelos demais
elementos trazidos ao processo, inclusive pela análise de câmeras de segurança.
“Destaque-se que o acusado, para não levantar suspeitas, participou das buscas
pela vítima e compareceu espontaneamente à delegacia várias vezes. No entanto,
ao ser confrontado acerca das divergências em sua narrativa, o réu finalmente
confessou os delitos.
Fernando Patriota/Gecom-TJPB, com foto: Reprodução/TV Cabo Branco
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