21/05/2024

Irmãos são condenados por matar e “enterrar” mulher em cama de concreto, em Pedras de Fogo



JOÃO PESSOA, PB - Os irmãos Sérgio Francisco da Silva e Carlos Antônio da Silva foram condenados, por volta das 18h dessa quinta-feira (16), pelo homicídio de Luydiana Jamelle Miranda Barreto, de 27 anos. O Júri Popular foi presidido pela juíza titular da Comarca de Pedras de Fogo, Higyna Josita Simões de Almeida. O crime aconteceu no dia 4 de outubro do ano passado e chocou a região de Pedras de Fogo, localizado 57 km ao Sul de João Pessoa, divisa com o Estado de Pernambuco. A magistrada também negou o direito aos réus de apelar em liberdade. 

O Conselho de Sentença entendeu que Sérgio Francisco da Silva é culpado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, e a magistrada determinou a ele uma pena de 25 anos de prisão. Já seu irmão, Carlos Antônio da Silva, conhecido como ‘Caio’, foi condenado por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver, recebendo uma sentença de 15 anos de reclusão. Ambos vão iniciar o cumprimento da sentença em regime inicialmente fechado. 

Conforme os autos, Sérgio mantinha um relacionamento com Luydiana e em companhia de Carlos, agrediu a vítima até a morte. Em seguida, esconderam o corpo da vítima na base de uma cama de cimento dentro de sua própria casa. O homicídio, segundo a denúncia do Ministério Público aconteceu por motivos de ciúmes. 

Sobre a personalidade de Sérgio, a juíza disse que  foi constatado, a partir das provas no curso da instrução criminal, as quais demonstram extrema frieza, violência e perversidade na injusta agressão à vítima, com quem mantinha um relacionamento amoroso e de quem deveria cuidar, considerando essa condição. “O péssimo caráter e a má índole do réu foram extraídos de seu comportamento durante e após a execução delitiva”, destacou a magistrada. E continua: “Inclusive, não demonstrando nenhuma reação de emoção quando o corpo da vítima foi encontrado, mesmo sabendo que ela havia desaparecido há alguns dias. O senso comum é no sentido de que encontrar o corpo da namorada concretado numa cama, deveria causar extremo dissabor”, ressaltou. 

Ainda conforme informações processuais, no dia do homicídio, Carlos e Sérgio teriam espancado a vítima, causando-lhe lesões em diversas partes do corpo, inclusive, na parte posterior da cabeça, tornando impossível a sua defesa e fazendo uso das mãos, apertaram o seu pescoço. 

A morte foi por asfixia mecânica (estrangulamento), de acordo com Certidão de Óbito constante nos autos. “Os denunciados envolveram o corpo da vítima em um saco plástico, colocaram no interior de uma estrutura que servia como base de uma cama, concretaram com o cimento e colocaram um colchão em cima, ocultando-o, a fim de que nunca fosse localizado, mas o corpo foi encontrado no dia 11 de outubro de 2023”, revela o processo. 

Fernando Patriota/Gecom-TJPB, com foto: Reprodução

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