16/05/2024
Morre o comentarista, radialista, repórter e jornalista esportivo Washington Rodrigues, o "Apolinho"
RIO DE JANEIRO, RJ - O radialista, repórter, jornalista
esportivo e comentarista Washington Rodrigues, o Apolinho, um dos grandes nomes
da história do rádio, morreu nesta quarta-feira (15) aos 87 anos, no Rio de
Janeiro. Ele lutava há anos contra um câncer agressivo. O radialista comandava o “Show do Apolinho” na Rádio Tupi.
No ar desde fevereiro de 1999, o programa era líder de audiência no segmento há
mais de 20 anos. Ele era também comentarista da equipe de esportes da rádio e
tinha a coluna “Geraldinos e Arquibaldos” no Jornal Meia Hora, de conteúdo leve
e bem-humorado. Apaixonado pelo Flamengo, teve duas passagens pelo clube,
uma delas como treinador, em 1995, e outra como diretor de futebol, em 1998. “Eu não sou técnico e nunca fui, mas o Flamengo não me
convidou, me convocou. E todas as vezes que ele me convocar, eu vou, pelo
Flamengo eu faço qualquer coisa — se o goleiro se machucar e precisar de mim no
gol, eu vou lá e jogo, pelo Flamengo eu faço qualquer negócio”, disse uma vez. A Rádio Tupi, onde Apolinho trabalhava, publicou uma
homenagem ao radialista nas redes sociais. O radialista nasceu no bairro do Engenho Novo, na zona norte
do Rio, no dia 1º de setembro de 1936. Um dos mais conhecidos radialistas do país, começou sua
carreira em 1962 na Rádio Guanabara, atual Rádio Bandeirantes, no programa
“Beque Parado”, que falava sobre futebol de salão. Trabalhou em todas as grandes emissoras de televisão e rádio
da cidade. Foi um dos poucos comentaristas com grande aceitação pelas quatro
grandes torcidas cariocas. Era também reconhecido na profissão, tendo recebido
todos os prêmios já criados para homenagear um jornalista esportivo. O apelido Apolinho surgiu por usar, quando repórter da Rádio
Globo, um microfone sem fio, que era utilizado pelos astronautas da Missão
Apollo 11, de 1969. Antes de morrer, ele viu o Flamengo dar um “chocolate” —
expressão criada por ele para definir goleadas — no primeiro tempo contra o
Bolívar, na Copa Libertadores da América, quando seu time do coração fez três
dos quatro gols na partida. A morte foi anunciada com emoção pelo seu amigo e colega de
profissão Luiz Penido, aos 25 minutos do segundo tempo. Como repórter, ele sempre considerou ter mais facilidade em
cobrir qualquer clube que não fosse o Flamengo em razão da passionalidade. Tal
leitura o notabilizou como um dos maiores setoristas da história do Vasco da
Gama. Eurico Miranda, dirigente histórico do Gigante da Colina,
sempre demonstrou preferência em falar com o comunicador em vez de outros
veículos e profissionais. Washington Rodrigues deixa três filhos, sete netos, uma
legião de fãs, ouvintes, ex-companheiros e colegas de trabalho em todo o mundo.
ICL Notícias, com foto: Reprodução/Redes Sociais
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