12/05/2024
Morre a deputada federal e jornalista Amália Barros, por complicações após retirada de nódulo
BRASÍLIA, DF - A deputada Amália Barros (PL-MT) morreu na
madrugada deste domingo (12), aos 39 anos. Ela estava internada desde 1º de
maio no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, após a retirada de um nódulo no
pâncreas. A morte da parlamentar, que exercia o primeiro mandato na
Câmara dos Deputados, foi confirmada por meio de uma nota publicada em suas
contas nas em redes sociais. Durante as últimas semanas, Amália tinha sido
submetida a mais de um procedimento cirúrgico e recebia tratamento intensivo. Eleita em 2022 com mais de 70 mil votos, ela era
vice-presidente do PL Mulher e amiga próxima da ex-primeira-dama Michelle
Bolsonaro, que usou suas redes sociais para se despedir. “Vou te amar para
sempre, minha amiga. Você está nos braços de Nosso Pai”, escreveu. Nascida em Mogi Mirim, São Paulo, Amália Barros era formada
em jornalismo e transformou um drama pessoal em luta política. Aos 20 anos, ela
perdeu a visão de um dos olhos, que depois precisou ser retirado e substituído
por uma prótese. Em decorrência dessa condição, ela criou um instituto e lutava
pelos direitos das pessoas com visão monocular. O Instituto Nacional da Pessoa com Visão Monocular trabalha
para fazer campanhas de arrecadação de recursos e doações de próteses oculares
e lentes esclerais. No final de 2021, Amália lançou o livro Se Enxerga!:
Transforme Desafios em Grandes Oportunidades para Você e Outras Pessoas”. No
livro, a deputada conta sua história. Em 2021, ela lutou pela aprovação da que ficou conhecida
como Lei Amália Barros, que conferiu às pessoas com visão monocular os mesmos
direitos de quem tem outras deficiências. “Quero expressar meus sentimentos à família e aos amigos e
amigas da nossa querida deputada Amália Barros, uma jovem lutadora pelas causas
do Mato Grosso e da visão monocular”, publicou o presidente da Câmara, Arthur
Lira (PP-AL), em sua conta no X. “Ainda sem ter assumido o mandato, me procurou na Câmara dos
Deputados para a aprovação da Lei 14.126/21, da qual foi incansável
articuladora e que classifica a visão monocular como deficiência sensorial e
estende os mesmos direitos e benefícios previstos para pessoas com deficiência.
Uma conquista ímpar para o segmento”, complementou Lira.
Felipe Pontes/Nádia Franco – Agência Brasil, com foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
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