08/05/2024
Polícia apura falas de pastor que disse durante culto que já beijou a filha na boca: “ai se eu te pego”
BELO HORIZONTE, MG - A Polícia Civil de Minas Gerais
informou, na manhã desta sexta-feira (3), que a Delegacia Especializada em
Proteção à Criança e ao Adolescente em Belo Horizonte apura as falas do pastor
Lúcio Barreto Júnior, de 52 anos, conhecido popularmente como Lucinho Barreto. Um vídeo que mostra o pastor falando que já beijou a própria
filha na boca viralizou nas redes sociais na noite desta quinta-feira (2). "Eu peguei minha filha um dia, dei beijo nela, falei
que amava ela. Ela passava e eu dizia: Nossa, que mulherão. Ai se eu te pego.
Um dia ela distraiu e eu dei um beijo na boca dela. E eu falei assim: Quando eu
encontrar seu namorado eu vou falar: Você é o segundo, eu já beijei",
disse o pastor durante o culto. Durante um culto na noite do dia 15 de abril deste ano,
voltada para homens com o tema "paternidade", Lucinho afirmou que a
filha é um "mulherão" (veja vídeo acima). No evento, Lucinho estava
acompanhado do filho Davi Barreto, que também é pastor. O pastor é um dos líderes religiosos da Igreja Batista da
Lagoinha, em Belo Horizonte. O pastor gravou um vídeo dentro do banheiro de um avião e
publicou nas redes sociais na manhã desta sexta-feira (3), após a grande
repercussão. Ele afirmou que deu um beijo "inocente e puro",
com intuito de levantar a autoestima da filha. "Não foi nada além disso, odeio tudo que tem a ver com
pedofilia e abuso infantil", disse o pastor nas redes. Em seu site pessoal, o pastor se apresenta como bacharel em
Teologia Ministerial pelo Seminário Teológico Evangélico do Brasil (STEB), e
mestre em Teologia pela Faculdade Teológica Sul Americana (FTSA), de
Londrina/PR. Pelas redes sociais, a filha do pastor, Emily Barreto,
afirma que o vídeo foi tirado de contexto, mas não explica em qual
circunstância a fala seria aceitável. "Meu pai nunca fez nada comigo, absolutamente nada, ele
sempre me deu um bom exemplo de figura paterna. Nunca aconteceu nada. Tiraram a
fala de contexto", afirmou. O g1 procurou o Ministério Público de Minas Gerais para
saber se as falas do pastor serão investigadas. A reportagem também questionou
a Igreja Batista da Lagoinha, e aguarda retorno.
g1
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