17/04/2024
Senado debate PL relatado por Veneziano dos “combustíveis do futuro” com setores de energia
BRASÍLIA, DF - O Vice-Presidente do Senado Federal, Senador
Veneziano Vital do Rêgo (MDB/PB) participou nesta terça-feira (16) da primeira
audiência pública de debates na Comissão de Infraestrutura sobre o projeto de
lei “combustíveis do futuro”, que cria programas nacionais de diesel verde, de
combustível sustentável para aviação e de biometano, além de aumentar a mistura
de etanol e de biodiesel à gasolina e ao diesel, respectivamente. A audiência
teve como finalidade ouvir representantes de diversos setores para municiar a
relatoria do Senador Veneziano ao PL 528/2020. Nesta primeira audiência foram ouvidos representantes dos
setores da Secretaria Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do
Ministério de Minas e Energia; Secretaria de Reformas Econômicas do Ministério
da Fazenda; Gestão Integrada de Transição Energética da Petrobras; Associação
Brasileira das Empresas Aéreas; Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás; União
da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia; Confederação Nacional do
Transporte; Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustível e de
Lubrificantes; Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais; União
Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene; e Associação dos Produtores de
Biocombustíveis do Brasil. Para o Senador Veneziano, a audiência foi um instrumento
eficiente que irá instruir a sua relatoria ao Projeto, por ser um assunto de
máxima importância para a sociedade brasileira e por ter, como objetivo
principal, produzir políticas de descarbonização no País. “Essa proposta, que traz em seu nome ‘combustíveis do
futuro’, é que estamos relatando no Senado, é uma revolução, pois estão
previstas, no bojo do mesmo, normas, marcos, políticas públicas que vão dando a
consistência devida a todas as ações que estão sendo desenvolvidas e
transformadas em investimentos, principalmente nas novas plantas eólicas
fotovoltaicas, e o Brasil já demonstra uma capacidade incrível de renovação no
setor energético porque suas matrizes energéticas, em boa parte, são limpas, e
esse processo de transição precisa ser levado como preocupação humana”, revela
o Senador. A proposta prevê uma nova margem de mistura de etanol à
gasolina, que passará de 22% a 27%, podendo chegar a 35%. Atualmente, a mistura
pode chegar a 27,5%, sendo, no mínimo, de 18% de etanol. Quanto ao biodiesel,
misturado ao diesel de origem fóssil no percentual de 14% desde março deste
ano, a partir de 2025 será acrescentado 1 ponto percentual de mistura
anualmente, até atingir 20% em março de 2030, segundo metas propostas no texto.
Entretanto, a adição deve considerar o volume total, e caberá ao Conselho
Nacional de Política Energética (CNPE) avaliar a viabilidade das metas de
aumento da mistura, reduzir ou aumentar a mistura de biodiesel em até 2 pontos
percentuais. A partir de 2031, o conselho poderá elevar a mistura, que deverá
ficar entre 13% e 25%. Segundo Veneziano, um regulamento definirá a metodologia
para a adoção de um sistema de rastreamento dos combustíveis do ciclo diesel em
todos os elos da cadeia produtiva a fim de assegurar a qualidade. “Um ponto de
suma importância e o projeto também autoriza a Petrobras a atuar nas atividades
de movimentação e estocagem de gás carbônico, de transição energética e de
economia de baixo carbono”, finaliza o Senador.
Assessoria, com fotos: Divulgação/Agência Senado
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