09/04/2024
Funcionária entra na Justiça após demissão e acaba tendo de pagar R$ 100 mil à empresa
ANÁPOLIS, GO - A ex-funcionária de um posto de gasolina de
Anápolis, a 55 km de Goiânia, entrou na Justiça e acabou tendo que restituir à
empresa uma quantia de 71 salários-mínimos, que equivale a R$ 100.252,00. A mulher, que era gerente do estabelecimento, havia sido
demitida por suspeita de retirar dinheiro do caixa e lançar como despesa de
cartão de crédito. O resultado de uma auditoria particular que saiu após a
demissão apontou um déficit de R$ 227 mil ao longo de dois anos de desvio de
dinheiro. Em nota, a defesa da ex-gerente reafirmou o posicionamento
de que não realizou qualquer desvio de dinheiro enquanto trabalhou no
estabelecimento. “A perícia somente confirmou que houve desvio, porém não
conseguiu indicar a autoria dos mesmos”, disse o texto. Negociação O processo foi aberto pela ex-funcionária, que alegou ter
sido submetida a acúmulo de função, danos morais e assédio moral, por conta da
suspeita do desvio. A princípio, ela reivindicava indenização no valor de R$
87. 996,36. No entanto, durante o processo, a perícia judicial da 1ª
Vara do Trabalho de Anápolis apontou um desvio de cerca de R$ 242 mil. Armando
Benedito Bianki, juiz responsável pelo caso, promoveu reunião entre os
advogados que representaram o posto e a ex-funcionária e recomendou que
firmassem um acordo. “A partir do princípio da conciliação trabalhista, as partes
podem celebrar acordo em qualquer momento do processo", explicou o
advogado Jorge Henrique Elias, responsável pela defesa do posto de gasolina. “É
um processo que vai ser pago por anos, com parcelas de meio salário-mínimo por
mês”, informou. Com o valor atual do salário-mínimo em R$ 1.412, a
ex-funcionária deverá pagar parcelas de R$ 706 até o ano de 2036.
g1, com foto: Reprodução/Google
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