08/04/2024
Mãe que jogou filho com deficiência em cisterna e o matou afogado será julgada em Campina Grande
JOÃO PESSOA, PB - No dia 29, uma segunda-feira, terá início
o julgamento da ré Ivonete Pereira da Silva, pronunciada no Juízo do 1º
Tribunal do Júri da Comarca de Campina Grande, pelo homicídio de seu filho. A
vítima era portadora de deficiência intelectual e, na época do crime, tinha 21
anos de idade. Quem vai presidir o julgamento é o juiz que responde pelo 1º
Tribunal do Júri de Campina, Fabrício Meira Macedo. O caso chocou os moradores
da região da Borborema, Agreste paraibano. De acordo com os autos, o fato aconteceu no dia 4 de
setembro de 2016, por volta das 6h30, no Sítio Canta Galo, Município de
Massaranduba. O processo informa que a ré teria jogado seu próprio filho em uma
cisterna cheia d’água, mesmo sabendo que o rapaz poderia morrer afogado, já que
a vítima não sabia nadar. A ré foi presa em flagrante delito. “A decisão de pronúncia não encerra um juízo de
culpabilidade, mas, tão somente, de admissibilidade da acusação vestibular, e
como tal, atribui o exame da causa ao Conselho de Sentença”, explica parte da
decisão de pronúncia, assinada pelo então juiz em substituição do 1º Tribunal
do Júri de Campina Grande, Bartolomeu Correia de Lima Filho. A ré foi denunciada por homicídio simples, mas por tudo que
foi narrado e verificado na instrução processual, a denúncia foi aditada,
dando-a como incursa nas penas do artigo 121, parágrafo 2º, Incisos III e IV,
além da agravante prevista no artigo 61, Inciso II, alínea E, como a
qualificadora do artigo 121, parágrafo 2º, Inciso I, do Código Penal Brasileiro
(CPB).
Fernando Patriota/Gecom-TJPB, com foto: Ilustração/Pixabay
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