03/04/2024
Marido e irmão que mataram mulher e concretaram corpo em Pedras de Fogo vão a júri popular em maio
PEDRAS DE FOGO, PB - Dois irmãos, Carlos Antônio da Silva,
também conhecido como ‘Caio’, e Sérgio Francisco da Silva, serão levados a Júri
Popular pelo homicídio de Luydiana Jamelle Miranda Barreto. O crime aconteceu
na Comarca de Pedras de Fogo e o julgamento está marcado o dia 16 de maio deste
e será presidido pela juíza titular da Vara Única da Comarca, Higyna Josita
Simões de Almeida. A decisão de pronunciar os dois réus também foi da
magistrada. Segundo informações processuais, o crime chocou a cidade de
Pedras de Fogo por causa da forma como foi executado, já que o homicídio teria
sido praticado pelo companheiro da vítima (Sérgio), junto com o irmão dele
(Carlos) e na residência onde moravam com a vítima. Depois. Os réus esconderam
o corpo dentro da própria residência, tendo concretado o corpo da mulher na
cama do casal. De acordo com a denúncia, no dia 4 de outubro, Carlos e
Sérgio espancaram a vítima, causando-lhe lesões em diversas partes do corpo,
inclusive, na parte posterior da cabeça, tornando impossível a sua defesa e,
ainda, fazendo uso das mãos, apertaram o seu pescoço. A morte teria sido por
asfixia mecânica, estrangulamento, conforme Certidão de Óbito constante nos
autos. “Os denunciados envolveram o corpo da vítima em um saco plástico,
colocaram no interior de uma estrutura que servia como base de uma cama, concretaram
com o cimento e colocaram um colchão em cima, ocultando-o, a fim de que nunca
fosse localizado, sendo o corpo localizado apenas no dia 11 de outubro de 2023. “A pronúncia foi proferida cerca de seis meses após a prisão
dos réus. Essa celeridade é muito importante, sobretudo, em crimes que envolvem
violência doméstica contra a mulher (feminicídio e outros), demonstrando o
empenho da Justiça em tornar mais efetiva a responsabilização dos agressores”,
comentou Higyna Josita. A magistrada ressaltou, ainda, que não houve prévio
pedido de medida protetiva da Lei Maria da Penha em favor da vítima.
Fernando Patriota/Gecom-TJPB
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