16/03/2024
MAPA mada recolher 10 marcas de azeite e quem tiver em casa parar de consumir imediatamente
BRASÍLIA, DF - O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)
ordenou a todos comerciantes, varejistas ou atacadistas, recolherem de suas
prateleiras dez marcas de azeite de oliva extravirgem. Conforme determinação divulgada na última sexta-feira (15),
devem ser retiradas de circulação as marcas: Terra de Óbidos; Serra Morena; De
Alcântara; Vincenzo; Az Azeite; Almazara; Escarpas das Oliveiras; Don
Alejandro; Mezzano; e Uberaba. Aos consumidores, o Mapa orienta que parem de consumir
imediatamente o produto, “podendo solicitar sua substituição nos moldes
determinado pelo Código de Defesa do Consumidor. Podem ainda comunicar o Mapa
pelo canal oficial Fala.BR, informando o estabelecimento e endereço onde foi
adquirido o produto.” O consumidor pode ser ressarcido inclusive se já abriu e
consumiu o produto. Para isso deve levar a nota fiscal comprovando que o
produto foi vendido quando já estava na lista dos produtos que não deveriam ser
comercializados. As pessoas prejudicadas também podem fazer reclamação na
secretaria de vigilância sanitária do seu município. Esquema ilícito As medidas tomadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária
têm caráter cautelar e são desdobramentos da Operação Getsêmani que identificou
esquema ilícito de importação, adulteração e distribuição de azeite de oliva
fraudados. A operação foi realizada nos dias 6, 7 e 8 de março nas
capitais São Paulo (SP), Recife (PE) e Natal (RN), e no município de Saquarema,
na Região dos Lagos (RJ). Na ação foram apreendidos mais de 104 mil litros de
azeite de oliva fraudados e ainda embalagens e rótulos. Essa não foi a primeira apreensão de azeite fraudado do ano.
No começo de janeiro, 24,5 mil litros de azeite foram retirados de circulação
em rede de supermercados em municípios do centro-oeste paulista, por causa da
má qualidade e falsificação de rótulo. Conforme o Mapa, “o azeite é o segundo produto alimentar
mais fraudado do mundo, atrás apenas do pescado.” O ministério orienta aos
consumidores antes da compra conferir a lista de produtos irregulares já
apreendidos; não comprar a granel; optar por produtos com a data de envase mais
recente; reparar a data de validade e o tempo dos ingredientes contidos (o
tempo de colheita de azeitona para azeites extra virgem é de seis meses). O Instituto de Defesa dos Consumidores (Idec) também
recomenda observar se o óleo está turvo e se na embalagem há informação sobre
mistura de óleos (adição de outro óleo vegetal). Outra dica é desconfiar de preços muito abaixo da média do
mercado. O preço do azeite manteve-se em alta nos últimos anos e deve continuar
sob pressão este ano por causa da diminuição histórica da produção global,
sobretudo nos países europeus - responsáveis por dois terços da produção
mundial de azeites. De acordo com a Embrapa, o Brasil é o terceiro maior
importador de azeite de oliva no mundo. O país também produz azeite, com
“qualidade reconhecida por prêmios internacionais conquistados nos últimos
anos”, mas a produção local ainda é incipiente. “Iniciada na última década,
chegou a 503 toneladas em 2022, o que representa apenas 0,24% do consumo
nacional.”
Aline Leal/Agência Brasil, com foto: Ilustração/Pixabay
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