10/03/2024
Leis garantem segurança, qualidade de vida e espaço no mercado de trabalho a mulheres paraibanas
JOÃO PESSOA, PB - Marco de luta e resistência a uma grave
desigualdade social de gênero, o Dia Internacional da Mulher é uma data
simbólica para a reflexão da condição da mulher no Brasil e no mundo. Uma
certeza com relação ao tema é de que elas não querem flores, mas respeito,
dignidade e direitos iguais aos homens. Em pleno século XXI, muita coisa mudou e algumas melhoraram,
graças ao olhar de pessoas que lutam, diariamente, para que as condições
especiais da maternidade sejam consideradas e respeitadas. Só na Assembleia
Legislativa da Paraíba (ALPB), por exemplo, existem 86 leis voltadas para
proteção, saúde, qualidade de vida e inclusão da mulher no mercado de trabalho. Uma das leis é a 11.290, que está em vigor desde dezembro de
2018 e garante prioridade às mulheres na titularidade da posse de imóveis
incluídos nos programas habitacionais do Governo do Estado. A iniciativa tem
como finalidade principal oferecer a segurança habitacional às mulheres e
filhos. Já a lei 11.362/2019 incentiva boas práticas de valorização
da mulher no mercado de trabalho, com a instituição do selo Empresa Amiga da
Mulher. Por meio da Comissão Selo Empresa Amiga da Mulher, as empresas serão
avaliadas e premiadas, levando em consideração a implantação de políticas
antidiscriminatórias de promoção da diversidade e de redução da desigualdade de
gênero dentro da empresa; criação de sistemas de reclamações e recebimento de
denúncias para mulheres vítimas de assédio sexual e moral dentro do ambiente de
trabalho; promoção de lideranças femininas na empresa, entre outras ações. Nesse mesmo caminho está a lei 12342/2022, que institui a
Política Estadual de Valorização da Mulher no Campo, na Paraíba. “A iniciativa
tem por finalidade a fomentação da atividade rural das mulheres, sua inclusão
qualificada na atividade agrícola com o desenvolvimento de ações que resultem
no respeito à sua capacidade produtiva e suas potencialidades profissionais,
bem como na asseguração à sua plenitude emocional, física e psíquica”, explica
Adriano Galdino, presidente da ALPB e autor da proposta. No esporte e na cultura, a lei 11479/2019 garante valores
iguais de premiações às mulheres, nas iniciativas promovidas por entidade ou
ligas desportivas que recebam recursos públicos do Estado, sejam por meio de
patrocínio, apoio ou incentivo fiscal. A lei se aplica, também, quando o evento
esportivo, paraesportivo ou cultura for realizado em organismo ou bem
pertencente ao Estado. Na área do empreendedorismo, as mulheres se beneficiam com a
lei 12.741/2023, com ações de incentivo à criação de novos negócios e
fortalecimento do empreendedorismo feminino. Entre as iniciativas da lei,
destacam-se o estímulo ao ensino do empreendedorismo feminino nas escolas; a
oferta de cursos técnicos e o estímulo à formação cooperativista, além de
facilidades no acesso a linhas de crédito adequa, da criação, manutenção e
expansão dos empreendimentos, especialmente de micro e pequeno porte. Para o presidente da ALPB, Adriano Galdino, as leis são,
apenas, uma pequena amostra de como os parlamentares estão unidos na luta
contra a desigualdade de gênero, reconhecimento, criação e fortalecimento de
espaços justos para as mulheres paraibanas. “Ainda temos um longo caminho pela
frente, mas seguimos incansáveis na nossa missão de tornar a Paraíba um lugar
mais justo para as mulheres paraibanas”, reforçou Galdino. Bancada feminina histórica A atual legislatura da Casa de Epitácio Pessoa conta com
seis representantes mulheres, entre os 36 parlamentares. É a segunda maior
representação da história da ALPB, ficando atrás apenas da eleição de 1998,
quando foram eleitas sete deputadas. Se considerar as deputadas em exercício, o
número sobe para 8, já que duas deputadas suplentes assumiram a titularidade
este ano. Dessa forma, a ALPB nunca esteve tão feminina quanto agora. De Vani Braga – a primeira deputada estadual eleita, em 1982
– a Danielle do Vale, a mais nova integrante eleita para este seleto clube,
pelo menos 25 mulheres, entre titulares e suplentes, já ocuparam uma cadeira no
parlamento estadual nesse período. Além de Danielle do Vale, foram reeleitas as deputadas
Camila Toscano, Cida Ramos, Jane Panta e Doutora Paula. Quem completa a atual
bancada feminina na ALPB é a deputada Francisca Mota, que retorna ao Poder
Legislativo, onde já ocupou uma cadeira por cinco mandatos consecutivos no
período de 1994 a 2010. Em 2023, a bancada feminina ganhou o reforço das
deputadas Leonice Lopes e Sílvia Benjamin, após assumirem a titularidade do
mandato parlamentar. Veja Cartilha com coletânea de Leis em defesa dos direitos
das mulheres, CLIQUE AQUI.
Assessoria, com fotos:Divulgação/ALPB
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