06/03/2024
Ex-comandante disse à PF que foi contra iniciativas golpistas de Bolsonaro para impedir a posse de Lula
BRASÍLIA, DF - Ex-comandante do Exército, o general Marco
Antônio Freire Gomes afirmou em seu depoimento à Polícia Federal (PF) que disse
ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em mais de uma ocasião, que não havia
nenhuma prova de fraude nas urnas eletrônicas. No depoimento, o general também afirmou ter se manifestado
contra iniciativas golpistas por parte de Bolsonaro que pudesse impedir a posse
de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O posicionamento do ex-comandante foi dito
tanto em reuniões com o próprio ex-presidente quanto em discussões reservadas
no Ministério da Defesa. As informações são do jornal O Globo. Na última sexta-feira (1/3), Freire Gomes respondeu a cerca
de 250 perguntas sobre os dias finais de sua chefia no Exército. Seu depoimento durou mais de sete horas. De acordo com fontes envolvidas na investigação,
ex-comandante confirmou ter participado de uma reunião em que o ex-presidente
discutiu com comandantes das Forças uma minuta de golpe, confirmando as
informações relatada em delação premiada pelo ex-ajudante de ordens de Jair
Bolsonaro, Mauro Cid. Freire Gomes foi comandante do Exército entre março e
dezembro de 2022, período em que as Forças Armadas e a Justiça Eleitoral
estavam em conflito sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas. À época das eleições, as Forças Armadas realizaram uma
fiscalização no processo de votação eletrônico e não foi encontrada nenhuma
irregularidade. O depoimento de Freire Gomes ainda está mantido sob sigilo.
A expectativa é a de que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), o divulgue em breve.
EM, com foto: Primeiro Sargento Sionir/Exército Brasileiro
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