22/02/2024
Exército prepara celas caso ocorra prisão de Bolsonaro e militares: “a gente precisa se preparar”
BRASÍLIA, DF - O Exército Brasileiro começou a preparar um
alojamento no Comando Militar do Planalto para receber possíveis alvos de
prisão por tentativa de golpe de Estado, investigada pela Polícia Federal. O
local passou por melhorias em meio ao depoimento que o ex-presidente Jair
Bolsonaro, ex-ministros e militares à PF nesta quinta-feira (22/2). As
informações são da coluna Radar, da revista Veja. A preocupação é a de que os militares de alta patente que
são investigados possam ser presos. Como Bolsonaro é capitão reformado do
Exército, ele pode optar por ficar em uma unidade militar, caso seja detido.
Cabe lembrar que o Exército já teve de preparar celas às pressas para receber
militares, como o tenente-coronel Mauro Cid. "A gente precisa se preparar. Pela antiguidade da
pessoa presa, é preciso que a gente tenha uma estrutura melhor, até porque
sofremos inspeção do STF, logo após as prisões”, disse uma fonte do Exército à
Veja. Entre os militares, o termo "antiguidade" é referente a
oficiais de alta patente. Depoimentos Os depoimentos desta quinta-feira (22/2) fazem parte da
operação Tempus Veritatis, deflagrada em 8 de fevereiro para apurar a
disseminação de mentiras sobre o sistema eletrônico de votação e a tentativa de
abolição do Estado Democrático de Direito, por meio de um golpe de Estado. Veja quem foi chamado para depor: - Jair Bolsonaro (ex-presidente); - Augusto Heleno (general e ex-ministro do Gabinete de
Segurança Institucional); - Anderson Torres (ex-ministro da Justiça); - Marcelo Costa Câmara (coronel do Exército); - Mário Fernandes (ex-ministro substituto da
Secretaria-Geral da Presidência); - Tércio Arnaud (ex-assessor de Bolsonaro); - Almir Garnier (ex-comandante geral da Marinha); - Valdemar Costa Neto (presidente do PL); - Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)Cleverson Ney
Magalhães (coronel do Exército); - WSouza Braga Netto (ex-ministro e ex-candidato a
vice na chapa de Bolsonaro); - Bernardo Romão Correia Neto (coronel do Exército); - Bernardo Ferreira de Araújo Júnior; - Ronald Ferreira de Araújo Junior (oficial do Exército).
EM, com foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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