07/12/2023
Moro é acusado de caixa 2 e outros três crimes e pode ter mandato de senador cassado pela justiça
CURITIBA, PR - O senador Sergio Moro (União) é acusado dos
crimes de caixa 2, abuso de poder econômico, uso indevido de meios de
comunicação e de assinar contratos irregulares. A ação contra o ex-juiz,
responsável pela operação Lava-Jato de Curitiba, foi movida no Tribunal
Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), em junho deste ano, pelo partido
político PL e pela federação PT, PV e PCdoB. Moro, segundo a acusação, obteve vantagens indevidas na
disputa ao Senado, nas eleições do ano passado. Na visão dos partidos que o
acusam, a pré-campanha de Sergio Moro à presidência da República teve gastos de
mais de R$ 2 milhões. Isso fez com que ele tivesse mais visibilidade em relação
aos concorrentes pela vaga de senador. Esse investimento, somado aos gastos da corrida ao Senado,
teria feito com que Moro gastasse, ao todo, mais de R$ 6 milhões na
candidatura. O valor ultrapassaria o limite de gastos permitidos pelo Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), que é de R$ 4,4 milhões para campanhas ao Senado. O processo está na fase de oitivas.
"Choro de perdedor" Sergio Moro nega a hipótese de ter ultrapassado o limite de
gastos de campanha e classifica essas acusações como "choro de
perdedor". "A ilustrar o absurdo da ação encontra-se a afirmação
fantasiosa de que a pré-candidatura presidencial teria beneficiado minha
candidatura ao Senado quando foi exatamente o oposto, tendo o abandono da
corrida presidencial gerado não só considerável e óbvio desgaste político, mas
também impacto emocional", afirmou o parlamentar, em janeiro deste ano,
sobre as acusações. Moro pode ser cassado Se comprovadas as acusações, Moro pode ter seu mandato de
senador cassado e ficar inelegível por oito anos. Mas cabe recurso após a
decisão, tanto da parte de Moro, quanto da parte da acusação.
No caso positivo de cassação do mandato, seriam convocadas
novas eleições para senador no Paraná. O pleito suplementar deverá ser marcado
após o final do processo. Correio Braziliens, com foto: Geraldo Magela/Agência Senado
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