21/11/2023
Preso pelos atos golpistas do 8 de janeiro tem mal súbito e morre no presídio da Papuda, em Brasília
BRASÍLIA, DF - Um dos presos pelos atos golpistas de 8 de
janeiro morreu na manhã desta segunda-feira (20) nas dependências da
Penitenciária da Papuda, em Brasília. Cleriston Pereira da Cunha teve um mal
súbito durante o banho de sol, segundo a administração do presídio. Equipes dos bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (Samu) foram acionadas para socorrer o detento. Os socorristas
realizaram procedimento de reanimação cardiorrespiratória, mas ele não
sobreviveu. Cleriston Pereira foi preso no Senado durante os atos de
vandalismo praticados no 8 janeiro. Segundo a defesa, o acusado não participou
dos atos e entrou no Congresso para se proteger das bombas de gás que foram
lançadas pelos policiais que reprimiram os atos. A morte do preso foi comunicada pela Vara de Execuções
Penais (VEP) do Distrito Federal ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou as prisões dos investigados
pelo 8 de janeiro e é relator do processo a que o acusado respondia. Ao tomar conhecimento do óbito, Moraes determinou que a
direção do presídio preste informações sobre o caso. "Tendo em vista a notícia sobre o falecimento do réu
Cleriston Pereira da Cunha oficie-se, com urgência, à direção do Centro de
Detenção Provisória II, requisitando-se informações detalhadas sobre o fato,
inclusive com cópia do prontuário médico e relatório médico dos atendimentos
recebidos pelo interno durante a custódia", decidiu Moraes. Defesa Em petição encaminhada ao ministro no dia 7 de novembro, a
defesa de Cleriston pediu a Moraes a soltura do acusado. Segundo o advogado
Bruno Azevedo de Sousa, Cleriston tinha parecer favorável da Procuradoria-Geral
da República (PGR) para ser solto, mas o pedido não foi julgado.
"A defesa reitera todos os argumentos apresentados nas
alegações finais, e reitera para que sejam analisados os mais de oito pedidos
de liberdade do acusado, que até o presente momento, parecem ter sido
simplesmente esquecidos por esta respeitosa Corte", afirmou o defensor. André Richter/Juliana Andrade, com foto: Wilson Dias – Agência Brasil
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