08/11/2023
Polícia Federal prende em São Paulo dois suspeitos de organizar atos terroristas no Brasil
SÃO PAULO, SP - Policiais federais prenderam dois suspeitos
de participar da organização de supostos atos terroristas no Brasil. Os dois
suspeitos, que não tiveram a identidade divulgada, foram detidos em caráter
temporário, no estado de São Paulo, na manhã desta terça-feira (8). As prisões ocorreram no âmbito da Operação Trapiche, que
também apura indícios de que os suspeitos recrutariam outras pessoas para
executar atos extremistas. Além dos dois mandados de prisão, foram executados
11 de busca e apreensão: sete em Minas Gerais; três no Distrito Federal e um no
estado de São Paulo. Os mandados foram expedidos pela Subseção Judiciária de Belo
Horizonte. Segundo a Polícia Federal, se as suspeitas forem confirmadas, os
investigados responderão pelos crimes de constituir ou integrar organização
terrorista e por realizar atos preparatórios de terrorismo, podendo ser
condenados a penas que, somadas, chegam a 15 anos e seis meses de prisão. Previstos na Lei de Terrorismo (Lei nº 13.260, de 2016), os
dois crimes são considerados hediondos, inafiançáveis, e o cumprimento da pena,
em regime fechado, independe de condenação definitiva (trânsito em julgado). Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio
Dino, a operação da PF é uma ação preventiva, deflagrada a partir de uma
“hipótese”. “Temos um compromisso claro, liderado pelo presidente [da
República, Luiz Inácio Lula da Silva] de combate ao terrorismo. Isso se dá
também na esfera criminal. Hoje mesmo, a PF está realizando uma investigação em
torno da hipótese de uma rede terrorista buscar se instalar no Brasil. Vejam, é
uma hipótese que a PF está investigando. E que mostra que, neste caso, só temos
um lado, que é o lado da lei, dos compromissos internacionais que o Brasil
assumiu”, disse Dino.
O ministro deu as declarações ao participar, no Rio de
Janeiro, da assinatura de um acordo de cooperação técnica para a criação do
Comitê Integrado de Investigação Financeira e Recuperação de Ativos (Ciifra),
que busca estrangular as fontes de renda do crime organizado. Alex Rodrigues/Juliana
Andrade – Agência Brasil, com foto: Divulgação/Polícia Federal
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