01/08/2023
PF prende mulheres acusadas de abusos sexuais contra os próprios filhos e outras crianças
RIO DE JANEIRO, RJ - Cinco mulheres foram presas, nesta
segunda-feira (31), em operação da Polícia Federal de combate a crimes sexuais
contra crianças na internet. As suspeitas compartilharam com um homem vídeos e fotos de
abusos sexuais contra os próprios filhos e outras crianças com quem mantinham
convívio. As ações foram realizadas nas cidades de Fortaleza,
Maranguape e Juazeiro do Norte, no Ceará; e Belford Roxo, no Rio de Janeiro. Um outro mandado de prisão foi expedido pela Justiça, mas o
suspeito já está preso. A investigação começou em setembro de 2022, após a PF
identificar publicações de um usuário em fóruns da DarkWeb, parte obscura da
internet, que favorece o anonimato e os cibercrimes. O homem, que é psicólogo, tentava convencer mulheres com
filhos pequenos para que produzissem e compartilhassem cenas de abuso sexual
das crianças. O suspeito foi preso em dezembro do ano passado, em Fortaleza, em
uma outra operação da PF. Com ele, a polícia apreendeu mais de 12 mil arquivos com os
registros dos diálogos com essas mulheres, além de vídeos, fotos e documentos
que retratavam de forma explícita os atos criminosos. A delegada de Polícia Federal Luciana Mota, da Delegacia de
Repressão aos Crimes Cibernéticos, explica que foi um tipo de investigação
diferente das que estão acostumadas a fazer, pelo fato de as investigadas serem
mulheres e mães. A delegada Luciana Mota destaca a importância dos Conselhos
Tutelares. As suspeitas serão indiciadas por crimes como o de estupro
de vulnerável, além de outros previstos no Estatuto da Criança e do
Adolescente. Somadas, as penas podem chegar a 45 anos de prisão. Os agentes cumpriram ainda mandados de busca e apreensão; e
uma medida cautelar de afastamento do lar.
A Operação Anêmona foi autorizada pela Justiça Federal e tem
o objetivo de interromper os abusos, como também proteção, resgate e
identificação de vítimas. Renato Ribeirto/Edição: Rádio Nacional/Marizete Cardoso
– Agência Brasil
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