23/07/2023
Juros reduzidos e mais subsídio: Minha Casa, Minha Vida quer contratar 2 milhões de moradias até 2026
BRASÍLIA, DF - As novas regras do programa Minha Casa, Minha
Vida, que reduzem juros e aumentam o subsídio para a aquisição de imóveis, vão
contribuir para que seja alcançada a meta de contratar 2 milhões de moradias
até 2026, de acordo com o ministro das Cidades, Jader Filho. As mudanças no programa foram sancionadas no dia 13, pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A avaliação do ministro é de que a
retomada da construção de imóveis do Minha Casa, Minha Vida terá impacto
positivo na economia do país e vai gerar empregos e renda para a população. “Só daquilo que é [recurso] do Orçamento Geral da União, nos
quatro anos, pretendemos gerar mais de um milhão de empregos diretos e
indiretos. Só nas 500 mil unidades que estão previstas no Orçamento Geral da
União, fora o que vai ser feito com o FGTS [Fundo de Garantida do Tempo de
Serviço]. Então, acreditamos que o Minha Casa, Minha Vida vai ajudar muito na
retomada da economia do Brasil”, disse Jader Filho em entrevista ao programa
Brasil em Pauta, do Canal Gov. O ministro explicou que as novas regras do programa são
resultado de discussões com prefeituras, entidades da sociedade civil e setor
privado para aperfeiçoar o Minha Casa, Minha Vida e adequá-lo à realidade de
cada região. Dentre as mudanças, Jader Filho destacou que os imóveis passarão a
ser construídos apenas em terrenos que estejam próximos a equipamentos públicos
como escolas, creches, postos de saúde e comércio, para facilitar a vida dos
cidadãos. “Nossa exigência é que o Minha Casa, Minha Vida seja dentro dos centros
urbanos, ou em áreas contíguas aos centros urbanos para criar essa facilidade”,
disse. O aumento do desconto no valor da entrada para a compra do
imóvel do Minha Casa, Minha Vida financiado com recursos do FGTS será
fundamental para facilitar a aquisição da própria para quem vive nas regiões
Norte de Nordeste, afirmou o ministro. O valor passou de R$ 47,5 mil na Faixa 1
para R$ 55 mil. “Algumas regiões do país não estavam respondendo bem ao
FGTS, como o Norte e o Nordeste e, a partir de diálogos, pudemos identificar
que o principal problema era a questão da entrada. O Norte e o Nordeste
precisavam ter um ajuste maior na questão da entrada e, com isso, ampliamos de
R$ 47,5 mil para um limite R$ 55 mil, que é o subsídio que o governo dá.
Diminuímos a taxa de juros nessas regiões, ela sai de 4,25% para 4% e nas
outras regiões sai de 4,5% para 4,25%”. Ampliar o programa para atender também a classe média é uma
discussão que está em curso no governo federal. Atualmente, o Minha Casa, Minha
Vida atende famílias com renda mensal de até R$ 8 mil. “Estamos estudando uma
maneira de ampliar ainda mais esse limite e ultrapassando os R$ 8 mil. Mas isso
ainda está em estudo, em diálogo tanto com o Ministério das Cidades quanto com
a Casa Civil para que possamos apresentar isso ao presidente [Lula]”, disse.
O ministro das Cidades, Jader Filho, também falou sobre o
Marco do Saneamento. Segundo ele, investimento é palavra-chave para fazer
avançar o saneamento básico no país. “O que temos que focar é no investimento,
não importa se ele é público ou privado, até porque, no nosso entender, ninguém
sozinho vai conseguir alcançar a universalização em 2033”, defendeu. Yara Aquino/Fernando
Fraga – Agência Brasil, com foto: Pedro Ventura/Agência Brasília
|