03/07/2023
Ao iniciar obras da Ferrovia Oeste-Leste, Lula adianta projetos que irão compor novo PAC
ILHÉUS, BA - O presidente da República, Luiz Inácio Lula da
Silva, destacou o papel estratégico das ferrovias para a competitividade e a
soberania do Brasil, e disse que esse modal de transporte será contemplado no
novo plano de desenvolvimento, o PAC 3, a ser anunciado ainda neste mês. “Construir essa ferrovia não é interesse de um ou outro
empresário. É de interesse da soberania nacional a gente fazer essa ferrovia e
outras, para que a gente possa ter esse país competitivo com qualquer outro do
mundo. O Brasil será do tamanho que a gente quiser que ele seja”, afirmou Lula. Em cerimônia de início das obras no lote 1F da Ferrovia de
Integração Oeste-Leste (FIOL), em Ilhéus (BA), nesta segunda-feira (3/7), o
presidente adiantou outros projetos que estarão no plano de desenvolvimento,
como Água e Luz para Todos, além do Minha Casa Minha Vida para construção de 2
milhões de novas moradias. “Queria dizer aos empresários que estão nessa empreitada
para construir essa ferrovia que ela não é interesse de um ou outro empresário.
É de interesse da soberania nacional a gente fazer essa ferrovia e outras, para
que a gente possa ter esse país competitivo com qualquer outro do mundo. O
Brasil será do tamanho que a gente quiser que ele seja”. O presidente voltou a ressaltar a importância de o governo
oferecer estabilidade, credibilidade e previsibilidade aos empresários
interessados em investir no Brasil e voltou a falar sobre a importância de
fazer a economia crescer, gerar empregos e qualificar os trabalhadores. “Esse é o Brasil que nós queremos. Um país em que as pessoas
trabalhem, estudem, tenham oportunidade, possam ter acesso a tudo o que
produzem. Um país em que as pessoas possam comer do bom e do melhor, se vestir
do bom e do melhor, que possam viajar para onde quiserem. Que as pessoas possam
ser felizes”. Autonomia Lula lamentou o fato de o Brasil, com grandes siderúrgicas e
produção de minério de qualidade, não produzir mais trilhos nem dormentes e
tenha que importar para ampliar a malha ferroviária. “Isso é um desafio para nós. Não estou chamando a atenção de
vocês. Estou chamando a minha atenção: Senhor Luiz Inácio Lula da Silva,
presidente desse país, é uma vergonha o Brasil estar importando trilhos quando
poderia produzir aqui no Brasil para gerar emprego no país e mais possibilidade
de crescimento da cidadania”. 1.527km Em sua totalidade, de 1.527 km de extensão, a Ferrovia
Oeste-Leste vai ligar o futuro Porto de Ilhéus (no litoral da Bahia) ao
município de Figueirópolis (no Tocantins), ponto em que se conectará com a
Ferrovia Norte-Sul. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o
Governo Federal trabalham para a concessão dos outros dois trechos: a FIOL II,
entre Caetité e Barreiras (BA), já com obras em andamento, e a FIOL III, de
Barreiras (BA) a Figueirópolis (TO), que aguarda licença de instalação. Na cerimônia, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues,
destacou o papel estratégico da Fiol para a Bahia e o Brasil. A ferrovia, que
no conjunto de três trechos somará 1.527 km, se interligará com três portos –
na Bahia, no Maranhão e em São Paulo – consolidando uma infraestrutura
importante ao país. O ministro Renan Filho (Transporte) fez referência à
importância da ferrovia para inserção da Bahia na estratégia de desenvolvimento
nacional. No trecho baiano, mais de 75% das contratações são feitas na própria
região. Eduardo Ledsham, presidente da Bamin, concessionária
responsável pela ferrovia, disse que a empresa continuará investindo para
colocar a Bahia no cenário mundial com produtos de alta qualidade. “Esperamos em breve anunciar outros
projetos”, disse. Sustentabilidade A FIOL fará uma integração ferroviária que consolida um
corredor de escoamento de minérios da região sul do estado e de grãos da região
oeste. Quando estiver em plena operação, estima-se uma redução de 86% na
emissão de gases do efeito estufa na atmosfera.
O primeiro trecho da ferrovia (FIOL 1) liga as cidades
baianas de Caetité e Ilhéus, percorrendo 537 quilômetros (km) de extensão e
passando por 19 municípios. A FIOL 1 é dividida em quatro lotes. Com
investimento de R$ 1,5 bilhão e previsão de gerar 1.200 empregos, o lote 1F tem
127 km de extensão interligando os municípios de Ilhéus, Uruçuca, Ubaitaba,
Gongoji, Itagibá, Aurelino Leal e Aiquarta. Planalto, com fotos: Ricardo Stuckert/PR
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