15/06/2023
Projeto garante identificação precoce do Autismo na rede pública de saúde de Campina Grande
CAMPINA GRANDE, PB - O diagnóstico precoce do autismo é uma
das formas de garantir a melhoria das habilidades sociais e de comunicação da
criança, pois quanto mais cedo se iniciar as intervenções terapêuticas e
multidisciplinares, maiores serão as possibilidades de desenvolvimento. A
intervenção precoce em autistas melhora o desenvolvimento geral da pessoa,
ajudando-a a aprender novas habilidades, que lhes permitirão ser mais
independente ao longo da vida. Para garantir, no município de Campina Grande, que crianças
autistas sejam diagnosticadas o mais cedo possível, a vereadora Jô Oliveira
(PCdoB) propôs o projeto de Lei 158/2023 junto a Câmara Municipal. A proposta
estabelece, entre outras coisas, a obrigatoriedade da realização de triagem
precoce dos Sintomas do Transtorno do Espectro Autista (TEA) para crianças de 0
a 36 meses nascidas em clínicas, maternidades e hospitais públicos ou
conveniados ao SUS no município de Campina Grande. A vereadora Jô Oliveira sempre vem colocando o seu mandato à
disposição para fortalecer a luta das pessoas com TEA, e seus familiares, no
município de Campina Grande, e esse projeto de lei é mais uma resposta às
demandas levantadas por mães e por profissionais que lidam diariamente com essa
questão. “Temos acompanhado de perto a luta das mães atípicas de
nossa cidade e de profissionais que trabalham com pessoas com TEA, recentemente
participamos de uma audiência no Ministério Público para debater a questão da
dificuldade do acesso à educação aqui no município, para crianças com
Transtorno do Espectro Autista… Os desafios são imensos, e queremos com essa
lei, ao menos, garantir que o diagnóstico seja realizado o mais cedo possível,
possibilitando que as crianças, desde cedo, possam ter o devido
acompanhamento”, destacou a vereadora. Além do diagnóstico precoce, a lei garante também o direito
às crianças identificadas com risco alto para o TEA, o encaminhamento para
diagnóstico e acompanhamento multidisciplinar por meio de profissionais das
áreas de pediatria, psiquiatria, neurologia, psicologia , fonoaudiologia e
psicopedagogia, terapia ocupacional e fisioterapia, através das redes
municipais de saúde e de educação. A lei trata ainda do direito de acesso à
medicação de uso contínuo para crianças com TEA, e que estejam sendo
acompanhadas pela rede pública municipal e cuja família esteja inscrita no
Cadastro Único, buscando garantir o acesso da população em situação de maior
vulnerabilidade social.
O projeto de lei foi apresentado no final do mês de maio,
após uma série de diálogos com mães de autistas, e agora aguarda votação na Câmara
Municipal de Campina Grande. Assessoria, com foto: Divulgação
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