15/06/2023
Polícia Federal pediu a prisão do senador Marcos do Val em operação desta quinta, mas STF negou
BRASÍLIA, DF - A Polícia Federal pediu a prisão de Marcos do
Val (Podemos-ES) durante a operação desta quinta-feira (15) que fez buscas em
endereços ligados ao senador, mas o pedido foi negado pelo Supremo Tribunal
Federal (STF), que autorizou apenas a realização de buscas e apreensão. Os mandados são cumpridos em Brasília e no Espírito Santo. A
operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, que também
determinou que do Val deve prestar depoimento. Foram apreendidos diversos pendrives e computadores do senador
tanto em seu gabinete quanto em sua casa, em Vitória. A investigação que resultou na operação foi conduzida pela
Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (DICOR) pela equipe do
delegado Ricardo Saadi. Ele é diretor de investigação e combate ao crime
organizado e à corrupção do DICOR. A diretoria é formada por delegados muito
experientes e ligada diretamente ao diretor geral da PF. DICOR pediu apoio p outros setores d PF Brasília e Vitória,
ES p cumprimento das ordens d busca e apreensão. A assessoria de do Val afirmou que ele está em Vitória e não
vai comentar a operação. A conta do senador no Twitter foi retida. A operação em cima do senador foi pedida pela própria cúpula
da PF no âmbito das investigações sobre atos golpistas de 8 de janeiro. Nas
buscas, foram apreendidos documentos, papéis, computadores, celulares, tudo
relacionado ao senador. A PF fez uma série de levantamentos de indícios de que
Marcos do Val estava tentando sabotar as apurações. Ele estaria vazando
documentos, além de estar atacando o Supremo, o ministro Alexandre de Moraes,
as investigações. O levantamento aponta que ele também está atacando fatos,
como a proibição de ele poder visitar o ex-ministro Justiça e ex-secretário de
Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. Busca e apreensão A Polícia Federal realizou na tarde desta quinta-feira
buscas em endereços ligados ao senador Marcos do Val (Podemos-ES). No Senado, o gabinete do senador foi revistado. O acesso de
jornalistas ao corredor que dá acesso ao gabinete do senador foi proibido. Ele é investigado por obstruir investigações sobre os atos
golpistas do 8 de janeiro. Indícios que basearam a operação são postagens do senador em
redes sociais. Ao todo, são três mandados de busca e apreensão. Em fevereiro deste ano, do Val acusou o ex-presidente Jair
Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira de organizarem uma reunião, no fim do
ano, para propor o envolvimento do senador em um plano de golpe de Estado.
Entre os crimes em que ele pode ser enquadrado, segundo as
investigações, está o de divulgar informações sigilosas que podem causar
prejuízo a outras pessoas. g1, com foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
|