31/05/2023
Bruno sanciona Lei que garante uso e distribuição de medicamentos à base de Cannabis em CG
CAMPINA GRANDE, PB - O prefeito Bruno Cunha Lima sancionou
na semana passada a Lei Municipal 8.603/23, de 18 de maio de 2023, que dispõe
sobre a política municipal de uso de cannabis para fins medicinais e
distribuição gratuita dos medicamentos na cidade. A utilização e a
disponibilização será realizada por meio da Secretaria Municipal de Saúde. O medicamento é essencial para pessoas com doenças ou
alterações neurológicas como a epilepsia. A lei é de autoria do vereador
Waldeny Santana. A distribuição fica assegurada pela lei nas “unidades de saúde
públicas municipais e privadas, ou conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS),
no âmbito do município de Campina Grande”. A autorização é válida para medicamentos “prescritos à base
da planta inteira ou de seus componentes isolados, que contenham em sua fórmula
as substâncias ‘canabidiol’ (CDB) e/ou ‘tetrahidrocanabidio’ (THC) e/ou demais
componentes presentes no extrato integral da cannabis SSP”. O secretário de Saúde de Campina Grande, o médico Gilney
Porto, explicou que a gestão municipal está fazendo a articulação com as
associações credenciadas para a produção dos medicamentos a fim de realizar a
parceria e obter os materiais para os pacientes, já que será necessária a
emissão de laudos médicos e, talvez, a criação de um ambulatório. O
planejamento é regulamentar e normatizar todo o processo até o ano de 2024 e
iniciar o serviço para a população. “Nosso prefeito Bruno sancionou a lei, em conformidade com a
lei nacional, e nós já estamos criando o fluxo. Será necessário passar por um
médico neurologista do município para avaliar a prescrição e o uso do
medicamento, além da questão de dosagem. Estamos em contato com as associações
e empresas que produzam os medicamentos. Estamos planejando também a questão de
orçamento para contemplar a demanda já na Lei Orçamentária Anual do ano que
vem. Vamos cuidar dessa parte mais burocrática para ajudar esses pacientes que
precisam tanto desses medicamentos”, disse Gilney. “A minha avaliação é que essa lei chegou no momento certo
porque as pessoas estão hoje demandando por via judicial, o que encarece a
compra pro estado, encarece pros pacientes e gera um excesso de judicialização,
fazendo com que o processo de compra gere mais trabalho. E é essencial porque
muitas pessoas dependem destes medicamentos”, disse Cassiano Gomes,
diretor-executivo da Abrace.
O uso do canabidiol foi aprovado pela Agência Nacional de
Vigilância em Saúde desde 2014. Os produtos também já são comercializados em
farmácias particulares. Uma das propostas da lei, ainda segundo o texto
sancionado, é “diagnosticar e tratar pacientes cujo tratamento com a cannabis
medicinal possua eficácia e/ou produção cientifica que enseje o tratamento.” O
município tem 839 pessoas que fazem uso das medicações atualmente. Codecom/PMCG, com foto: Divulgação
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