29/05/2023
Justiça Eleitoral cassa mandato do deputado federal Marcelo Crivella e o torna inelegível por 8 anos
RIO DE JANEIRO, RJ - A Justiça Eleitoral determinou a
cassação do mandato do deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos-RJ),
ex-prefeito do Rio de Janeiro. Ele também foi multado em R$ 433.290, e ficará
inelegível por oito anos a partir das eleições de 2020, municipais. Crivella é
acusado de montar um esquema para impedir reportagens sobre a área da saúde no
Rio de Janeiro. A informação é do Correio Braziliense. A decisão foi tomada pela juíza Márcia Capanema, após ação
feita em 2020 pela coligação entre PT e PCdoB. Segundo as legendas, Crivella
praticou abuso de autoridade e conduta vedada a agente público em campanhas
eleitorais, monitorando e impedindo que profissionais da imprensa falassem com
cidadãos sobre o sistema público de saúde da capital fluminense. No esquema comandado por Crivella, ele usou servidores
batizados de "Guardiões do Crivella", que foram identificados pela
acusação, em desvio de função. Na sentença, a juíza declarou que a decisão tem
"caráter pedagógico-preventivo" e demonstrava o repúdio contra a
"conduta moral e ilegal perpetrada". Segundo apurou o Correio, a decisão é de 8 de maio.
Procurada, a defesa de Crivella respondeu que a juíza não tem competência para
cassar um mandato de deputado federal, e que já apresentou recurso contra a
decisão. O processo corre sob sigilo. Outras condenações
O ex-prefeito do Rio já foi condenado outras vezes neste ano
pela Justiça Eleitoral do Rio de Janeiro. Em fevereiro, Crivella foi condenado
por abuso de poder por ter apresentando dois projetos para descontos no IPTU
durante sua campanha em 2020, divulgando os projetos em vídeos nas suas redes
sociais. Segundo a Justiça, o material foi usado indevidamente na campanha.
Em abril, Crivella foi novamente condenado em ação ajuizada
pelo atual prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), que questionava a
distribuição de panfletos pelo ex-prefeito que associavam Paes à defesa da
legalização do abordo, das drogas, da "ideologia de gênero" e da
liberação do "kit gay" nas escolas. Em todas as ações, Crivella foi
considerado inelegível. Correio Braziliense, com foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
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