27/05/2023
CPI dos atos golpistas já tem primeiro requerimento para ouvir o ex-presidente Jair Bolsonaro
BRASÍLIA, DF - O deputado Rogério Correia (PT-MG), da CPI
dos Atos Golpistas, apresentou nesta sexta-feira (26) um requerimento para a
comissão ouvir o ex-presidente Jair Bolsonaro. A informação é do g1. O pedido, o primeiro para chamar Bolsonaro, ainda tem que
ser aprovado pelo plenário da CPI. As reuniões para votar requerimentos vão
começar na semana que vem, Foi apresentado também, pelo senador Rogério Carvalho
(PT-SE), um requerimento de convocação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de
Bolsonaro. Cid está preso desde o início do mês de maio, por suspeita
de ter fraudado o cartão de vacina de Bolsonaro e familiares para favorecer o
ex-presidente. Até esta sexta, a CPI dos Atos Golpistas já tem 396 requerimentos
gerais: não só de convocações, mas também de quebras de sigilo e pedido de
informações. A CPI foi instalada na quinta (25). Foram pedidas, por exemplo, as quebras de sigilos de
mensagens dos investigados na operação que prendeu Cid. Convite não obriga o
comparecimento Na semana passada, Bolsonaro esteve no gabinete do filho,
senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e na saída, ao ser questionado por
jornalistas se ele compareceria à CPI caso fosse convocado, o presidente
respondeu que "qualquer cidadão convocado tem que vir [à CPI]". Entretanto, por ser um convite, o requerimento não tem força
coercitiva e seu cumprimento não é obrigatório. O convite também não obriga que
o depoimento seja dado em condição de testemunho, quando a pessoa tem que se comprometer
a falar a verdade. Na justificativa dada pelo deputado para convidar o
ex-presidente, Correia afirmou que os ataques ocorreram devido a
"reiterada ação de vários atores políticos inconformados com a derrota
eleitoral". "Os atos de vandalismo e terrorismo referidos foram
gestados antes mesmo das eleições, com as reiteradas ações do Presidente da
República que levantavam suspeitas relativamente à segurança das urnas
eletrônicas, desafiando as decisões judiciais e criando eventos que corroboravam
o estado de agitação permanente de seus apoiadores a partir de eventos
oficiais", afirmou.
A reportagem entrou em contato com a assessoria do
ex-presidente para saber como ele vê o requerimento e se vai comparecer à CPI
Mista, caso o convite seja aprovado, mas não obteve resposta. g1, com foto: Isac Nóbrega/PR
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