26/05/2023
Presa mãe suspeita de receber mesada para empresário abusar de sua filha menor, de apenas 2 anos
PORTO ALEGRE, RS - A Polícia Civil prendeu preventivamente,
na manhã desta sexta-feira (26), em Porto Alegre, uma mulher, de 25 anos,
suspeita de receber mesada para que o empresário Jelson Silva da Rosa, de 41
anos, abusasse sexualmente de sua filha, de 1 e 8 meses. Ela é a quarta mãe
presa pela Operação La Lumière, que investiga a exploração sexual infanto-juvenil.
As informações são do g1. O advogado Marcos Vinícius Barrio, que defende o empresário,
afirmou à RBS TV que a suspeita é "descabida e imprópria" e que a
conduta de Jelson não se enquadra na "figura prevista do crime de
exploração sexual". A mãe, que reside na Capital, é suspeita de favorecimento da
prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança e adolescente e
estupro de vulnerável. Além das quatro mulheres, o empresário suspeito de cometer
as violências sexuais contra as crianças está preso desde abril. Ele foi
indiciado por exploração sexual infantil e estupro. "A gente identificou muitas conversas salvas e valores
combinados para o programa previamente, como se fosse uma tabela de preços, um
cardápio: sair com a criança e a mãe, passear no shopping, o valor era X. Ir
para hotel, Y, tomar banho de banheira, fazer massagens. Pedindo Pix, pedindo
depósitos prévios, se faz sedutor [suspeito], do bem primeiramente. E, aí vai
se aproximando das pessoas. Elas vão ficando dependente financeiramente dele e
acabam que exploram suas filhas", conta a delegada Camila Franco Defaveri. De acordo com as informações da polícia, a avó materna da
criança também é suspeita. Ela daria suporte e apoio para os crimes e também
seria beneficiada economicamente pela exploração da neta. O esquema envolvia uma rede de mulheres que entregavam seus
filhos, todos entre 0 e 12 anos de idade, para abusos sexuais em troca de
dinheiro e presentes. O suspeito ofereceria uma lista de opções às mães, com
preços para passar o fim de semana e dar banho nas crianças, como se fosse um
cardápio. A filha da mulher presa nesta sexta foi encaminhada para
perícia psíquica e verificação de violência sexual no Centro de Referência em
Atendimento Infanto-Juvenil (CRAI-IGP), por equipes do Conselho Tutelar. Entenda o caso A 1ª Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA)
descobriu o caso após receber uma denúncia anônima, no fim de abril. De acordo
com a delegada Camila Franco Defaveri, uma pessoa avisou a polícia após ver uma
conversa, no computador da empresa onde a mãe trabalhava, com o suspeito. No celular desse homem, a polícia encontrou mensagens,
inclusive, com outras mães de menores de idade. Segundo a delegada, ele
oferecia era "um cardápio" de abusos. Já foram presas quatro mulheres. Uma delas é mãe de três
filhas com 8, 10 e 12 anos. Ela residia em Porto Alegre. Já a outra é mãe de
uma menina de 7 anos e residia em Cachoeirinha. A penúltima prisão ocorreu no
dia 17 de maio. Uma mulher, de 23 anos, mãe de duas meninas de 1 e 3 anos de
idade. Em relação ao homem, os primeiros mandados foram cumpridos
na casa onde ele mora, em Imbé, no Litoral Norte. Segundo a polícia, o local é
um "imóvel de luxo", amplo e com muita segurança. No momento em que os policiais ingressaram na residência, o
investigado teria quebrado um celular e um computador. Contudo, a Divisão de
Informática do IGP conseguiu recuperar conteúdos armazenados. "Ele estava quebrado, estava danificada a tela, então,
não conseguia ter acesso para fazer o desbloqueio. O pessoal conseguiu, através
das ferramentas que a gente tem, inserir um numerador de teclado, fazer uma
recuperação parcial e, a partir disso, conseguir acessar e extrair os dados. A
gente faz sempre uma cópia de segurança e, a partir dessa cópia, faz a análise.
Então, por meio desses recursos, a gente conseguiu fazer essa cópia mesmo com a
tela quebrada e com parte dos recursos danificados", explicou o perito
criminal do Instituto Geral de Perícia (IGP) Márcio Gil Faccin.
O suspeito trabalha na área de tecnologia da informação
(TI), atuando na "deepweb", segundo a delegada. g1, com fotos: Reprodução/RBS TV
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