24/05/2023
Governo lança Pacto contra Fome e quer tirar 20 milhões de pessoas da extrema pobreza no Brasil
BRASÍLIA, DF - Taxa de juros e ambiente de crescimento
econômico adequados, aprovação do novo marco regulatório fiscal, da reforma
tributária e da política do ganho real para o salário mínimo são metas
integradas para a retirada de pessoas da pobreza, apontou o ministro Wellington
Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do
Brasil. A declaração foi dada nesta terça-feira (23) no lançamento
do Pacto contra a Fome, movimento suprapartidário e multissetorial que tem o
objetivo de erradicar a fome no Brasil até 2030 e reduzir o desperdício de
alimentos no Brasil. O evento contou com a presença de lideranças do governo,
academia, empresariado, entidades não governamentais e religiosas, entre
outros. Segundo o ministro, ainda este ano, com a implantação do
pacto, cerca de 8,5 milhões de famílias, cerca de 20 milhões de pessoas, devem
sair da extrema pobreza. O movimento tem o objetivo de “engajar toda a sociedade para
erradicar a fome de maneira estrutural e permanente e reduzir o desperdício em
toda a cadeia de alimentos”. Além disso, pretende que ninguém passe fome no
Brasil até 2030 e, para 2040, que todos no país estejam bem alimentadas. Segundo os organizadores, a atuação será feita por meio da
articulação, da inteligência estratégica e do reconhecimento de boas práticas
para construir pontes entre a sociedade civil organizada, o setor privado e o
governo. A ministra Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento, também
presente no evento, avalia que essa parceria entre os setores, dentro do Pacto
Contra a Fome, é fundamental para erradicar a miséria e a fome no país. “Quando
nós falamos de fome, nós não podemos esquecer que um Brasil que alimenta o
mundo desperdiça quase que oito vezes o necessário para matar a fome, então nós
temos que garantir uma rede junto com a sociedade civil organizada e o terceiro
setor de cultura de conscientização em relação a isso.” “Da mão que planta semente até a mão que consome, passando
pelo transporte e pela distribuição desses alimentos, nós estamos falando de
alimentos desperdiçados, de perdas que seriam suficientes para alimentar oito
meses da fome no Brasil”, disse a ministra. Simone Tebet ressaltou que a fome é um problema complexo e
que não é de fácil solução. “O governo federal tem recursos e orçamento para,
através da assistência, garantir o Bolsa Família e toda rede de proteção às
famílias”, disse.
“Mas isso envolve algo mais, envolve não só fazermos o dever
de casa, de termos políticas públicas eficientes para que os R$ 160 bilhões do
Bolsa Família possam chegar a quem realmente precisa, tirando do cadastro quem
está ganhando de forma irregular, como acontecia no governo passado, portanto,
evitar desperdício com o dinheiro público”, acrescentou. Camila Boehm/Aline
Leal, com foto: Ilustração/Pixabay – Agência Brasil
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