22/05/2023
Academia de Letras de Campina Grande e UEPB homenagearão a mestra Dorziat
CAMPINA GRANDE, PB - Imortalizada nas páginas dos livros,
jornais e nas mentes de muitos intelectuais paraibanos, a professora Josefa
Dorziat Quirino Barbosa completaria no próximo dia 1º de junho 100 anos de
idade. Natural da cidade de Barra de São Miguel, Dorziat teve uma brilhante
trajetória na Educação. Em 1972 cursou Letras na antiga Fundação Universidade
Regional do Nordeste – FURNE, após ser aprovada em primeiro lugar no
vestibular, e anos depois se especializou em Linguística, participou de
importantes projetos do Núcleo de Estudos Linguísticos e Literários, coordenado
pela professora, escritora, ensaísta e fundadora da Academia de Letras de
Campina Grande, Elizabeth Marinheiro. Foi professora de Gramática Histórica e
Teoria Literária da UEPB, e um ano após se aposentar, foi convidada para ocupar
a cadeira de número 34 da Academia. Dorziat foi a normalista mais jovem da Paraíba e dedicou sua
vida ao ensino, tendo passado pelos colégios Estadual da Prata, Alfredo Dantas
e Escola Normal Estadual de Campina Grande, mesclando rigor com afeto,
conquistando bons resultados no uso correto da língua portuguesa. Toda essa trajetória será reverenciada no próximo dia 26 de
maio, a partir das 10h30, durante um Tributo à Dorziat promovido pela Academia
de Letras de Campina Grande (ALCG) , em conjunto com a Universidade Estadual da
Paraíba através do Departamento de Letras e Artes e do Centro de Educação. A programação será realizada no auditório 03 da Central
Acadêmica Paulo Freire, no bairro Universitário, e contará com a participação
dos acadêmicos da ALCG, Prof. José Mário da Silva Branco, que foi seu
contemporâneo e a escritora Iêda Lima, que atualmente ocupa a cadeira nº 34 da
ALCG, antes ocupada por Dorziat, além de representantes corpo diretivo da ALCG,
da UEPB e do Projeto Memória da UFCG. Em nome dos familiares da homenageada,
usará da palavra a sua filha e Professora aposentada da UFPB, Ana Dorziat
Barbosa de Melo. Iêda Lima define em rápidas palavras a homenageada, sua
antecessora na ALCG como uma autêntica representante da mulher paraibana,
trabalhadora, criativa e determinada, capaz de equilibrar suas funções de mãe e
profissional, de maneira exemplar e competente. O professor, escritor, ensaísta e ocupante da cadeira 16 da
ALCG, José Mário da Silva Branco intitula Dorziat como “Um patrimônio da
cultura campinense, paraibana e nordestina”. Segundo ele, a mestra tinha uma
“visão humanista da educação, e uma paixão pelo ensino, algo como um
sacerdócio”.
Já os professores Carlos Herriot e Goretti Ribeiro afirmaram
que “a história da Língua Portuguesa se divide em duas épocas cronológicas
distintas, antes e depois de Dona Dorziat. ” Para eles, a Mestra Dorziat
“transcendia o gramaticalismo superficial que se atém apenas a frieza das
regras e normas, para desvendar a alma e espírito do idioma”. Assessoria, com foto: Divulgação
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