18/05/2023
Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid volta a ficar em silêncio em novo depoimento a PF
BRASÍLIA, DF - O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro
(PL), o tenente-coronel Mauro Cid, voltou a ficar em silêncio durante o
depoimento à Polícia Federal (PF), na tarde desta quinta-feira (18/5). O
militar reivindicou o direito e não respondeu às perguntas do inquérito que
investiga um esquema de fraude nos dados do cartão de vacinação do
ex-presidente. As informações são do Correio Braziliense. Este é o segundo depoimento do militar na investigação. O
primeiro foi no dia em que foi preso pela PF, no último 3 de maio, quando ele
também optou pelo silêncio. Na época, a estratégia já era esperada, já que os
advogados ainda não tinham os autos do processo. Além da sua atuação no esquema do cartão de Bolsonaro, o
militar também precisa explicar uma suposta fraude nos seus próprios dados e de
familiares. Eles teriam sido alterados para viabilizar a entrada nos Estados
Unidos após as eleições de 2022, quando Bolsonaro deixou o país pouco antes de
perder o mandato como presidente. Bolsonaro depôs na terça-feira (16/5), e afirmou que não
determinou a fraude a seu ex-ajudante. Ele ainda disse que não se vacinou e que
desconhece os motivos para a fraude. Para o ex-presidente, caso Cid tenha
cometido a ação, "foi à revelia, sem qualquer conhecimento ou orientação".
Cid era a pessoa mais próxima de Jair durante seus quatro
anos de governo. No início de abril, o militar chegou a ser interrogado no
inquérito que investiga a tentativa de entrada ilegal de joias sauditas no
Brasil, sem a devida declaração à Receita Federal. Correio Braziliense, com foto: Reprodução/Youtube
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