18/05/2023
ANP fiscalizará postos de combustíveis em todo o país para garantir reducação de preços nas bombas
BRASÍLIA, DF - O ministro de Minas e Energia, Alexandre
Silveira, disse nesta quarta-feira (17) que a Agência Nacional de Petróleo
(ANP) irá fiscalizar postos de gasolina para garantir a redução dos preços dos
combustíveis nas bombas. A Petrobras anunciou redução de R$ 0,44 por litro do preço
médio do diesel para as distribuidoras, que passará de R$ 3,46 para R$ 3,02 e a
redução do preço médio da gasolina de R$ 0,40 por litro, passando de R$ 3,18
para R$ 2,78, valor também pago pelas distribuidoras. A declaração do ministro ocorre após a empresa estabelecer o
fim da política de atrelar os preços dos combustíveis às variações do mercado
internacional, chamada Preço de Paridade de Internacional (PPI). “Teremos a mão firme do governo para que o preço chegue na
bomba. O brasileiro tem que ser beneficiado por esse esforço do governo do
presidente Lula de impulsionar e criar uma política nacional de preços dos
combustíveis justa com o povo brasileiro”, afirmou o ministro em entrevista ao
programa A Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Ele informou que teve reuniões com a ANP para tratar da
fiscalização. “Não vamos transigir. Aqueles que, porventura, tentarem capturar
essa conquista dos brasileiros e brasileiras que são combustíveis mais baratos,
serão punidos com rigor da lei.” Na terça-feira (16), a Petrobras anunciou nova estratégia
comercial para definição de preços de diesel, gasolina e gás, aprovada pela
diretoria executiva da companhia. A nova estratégia acaba com o Preço de
Paridade de Internacional (PPI), a política de preços que, desde 2016, atrelava
os preços médios dos combustíveis que a Petrobras vende às distribuidoras às
variações dos produtos no mercado internacional, entre outros fatores, para
proteger a empresa quanto aos riscos operacionais do setor.
Crítico do PPI, Alexandre Silveira disse que a política era
uma barreira para a Petrobras se tornar mais competitiva e cumprir o papel
social previsto em lei. “Não fazia nenhum sentido e amarrava a maior petroleira
do Brasil em um preço de referência que, muitas vezes, impedia a Petrobras de ser
competitiva, inclusive dentro do Brasil. Ela tem que, além de ser uma empresa
estável, ter lucro natural para se tornar cada vez mais moderna, competitiva e
perene, tem que cumprir seu papel social”. Carolina Pimentel/Maria Cláudia, com foto: Fernando Frazão –
Agência Brasil
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