06/05/2023
Justiça libera adolescentes suspeitos de estupro coletivo contra menina de 14 anos
SILVÂNIA, GO - A Justiça determinou que os três
adolescentes, de 12, 13 e 14 anos, suspeitos de estuprar uma menina, de 14 anos,
e filmar o crime, em Silvânia, no centro goiano, fossem liberados da
internação. Eles estavam internados provisoriamente desde o dia 17 de abril,
após serem apreendidos por abusar da menor. Um jovem de 23 anos foi indiciado
pelo mesmo crime, segundo a Polícia Civil (PC). O processo corre em segredo de
Justiça. Como o nome do indiciado e dos menores não foram divulgados,
o g1 não conseguiu localizar as defesas deles para que se posicionassem até a
última atualização desta reportagem. A liberação dos adolescentes aconteceu na última sexta-feira
(5), cerca de 20 dias depois da internação deles no Centro de Internação
Provisória de Anápolis, a 55 km de Goiânia. A princípio, a Justiça determinou
que eles devessem ficar 45 dias no local. O g1 procurou o Ministério Público por e-mail para saber se
o órgão irá recorrer da decisão, mas o questionamento não foi respondido até a
última atualização desta reportagem. A PC informou, em relação ao maior indiciado por estupro
coletivo, que ele segue preso no Presídio de Silvânia. A vítima, por outro
lado, vem passando por um acompanhamento psicológico para se recuperar do
trauma sofrido pelo estupro. Relembre o crime Os jovens foram apreendidos e o maior preso no dia 15 de
abril, um dia depois do estupro coletivo, conforme o delegado Leonardo Sanches.
Três dias depois, a corporação apreendeu os celulares dos três adolescentes,
sendo que em um dos aparelhos foi encontrado um vídeo do crime, no qual, o
adolescente de 14 anos aparece filmando o momento em que estava abusando da
jovem. Ele também teria levado as roupas íntimas da vítima para casa. “No vídeo podemos ver claramente que a vítima está
completamente dopada, sem consciência e sem condições de apresentar qualquer
tipo de resistência”, descreve Sanches. Além do vídeo, Sanches detalhou que as investigações
identificaram que os três adolescentes estudavam na mesma escola que a vítima,
que foi embriagada e abusada em um roça de palha. “Nós ouvimos o diretor da escola e pedimos as fichas deles,
eles têm vários episódios de indisciplina. Eles conhecem a vítima da escola e
interagiam com ela nas redes sociais”, afirma.
O delegado também identificou onde e quem comprou as
bebidas. “Um dos menores tentou comprar as bebidas, mas a dona do local não
vendeu. Então, ele passou o dinheiro para o maior, que desceu do cavalo, entrou
no bar e comprou. Além disso, encontramos vídeos deles andando pela cidade”,
concluiu. g1, com foto: Divulgação/Polícia Civil
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