27/04/2023
Abertura de empregos sobe 97,6% em relação a março de 2022 e Caged registra 195,2 mil novos postos
BRASÍLIA, DF - Após dois meses de recuo, a criação de
emprego formal subiu em março. Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego,
195.171 postos de trabalho com carteira assinada foram abertos no último mês. O
indicador mede a diferença entre contratações e demissões. A criação de empregos cresceu 97,6% maior que a do mesmo mês
do ano passado. Em março de 2022, tinham sido criados 98.786 postos de
trabalho, nos dados com ajuste, que consideram declarações entregues em atraso
pelos empregadores. A abertura mensal de vagas atingiu o maior nível desde
setembro do ano passado. Nos três primeiros meses do ano, foram abertas 526.173
vagas. Esse resultado é 15% mais baixo que no mesmo período do ano passado. A
comparação considera os dados com ajustes, quando o Ministério do Trabalho
registra declarações entregues fora do prazo pelos empregadores e retifica os
dados de meses anteriores. A mudança da metodologia do Caged não torna possível
a comparação com anos anteriores a 2020. Setores Na divisão por ramos de atividade, quatro dos cinco setores
pesquisados criaram empregos formais em março. A estatística foi liderada pelos
serviços, com a abertura de 122.323 postos, seguido pela construção civil, com
33.641 postos a mais. Em terceiro lugar, vem indústria de transformação, de
extração e de outros tipos, com a criação de 20.984 postos de trabalho. O nível de emprego aumentou no comércio, com a abertura de
18.555 postos. Somente a agropecuária, pressionada pelo fim da safra de vários
produtos, extinguiu empregos com carteira assinada no mês passado, com o
fechamento de 332 vagas. Destaques Nos serviços, a criação de empregos foi puxada pelo segmento
de administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e
serviços sociais, com a abertura de 44.913 postos formais. A categoria de
informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e
administrativas abriu 35.467 vagas. Na indústria, o destaque positivo ficou com a indústria de
transformação, que contratou 17.876 trabalhadores a mais do que demitiu. Em
segundo lugar, ficou a indústria extrativa, que abriu 1.566 vagas. As estatísticas do Caged apresentadas a partir 2020 não
detalham as contratações e demissões por segmentos do comércio. A série
histórica anterior separava os dados do comércio atacadista e varejista. Regiões Todas as cinco regiões brasileiras criaram empregos com
carteira assinada em março. O Sudeste liderou a abertura de vagas, com 113.374
postos a mais, seguido pelo Sul, com 37.441 postos. Em seguida, vem o
Centro-Oeste, com 22.435 postos. O Nordeste abriu 14.115 postos de trabalho, e
o Norte criou 10.077 vagas formais no mês passado.
Na divisão por unidades da Federação, 22 registraram saldo
positivo, e cinco extinguiram vagas. Os destaques na criação de empregos foram
São Paulo (50.768 postos), Minas Gerais (38.730) e Rio de Janeiro (19.427). As
maiores variações negativas ocorreram em Pernambuco (5.266 postos), Paraíba
(815) e Rio Grande do Norte (78). Wellton Máximo/Fernando Fraga - Agência Brasil, com foto: Ilustração/Pixabay
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