10/04/2023
Mídia nacional destaca atuação do Senador Veneziano sobre preço dos combustíveis e energias renováveis
BRASÍLIA, DF - O novo presidente da Frente Parlamentar de
Recursos Naturais e Energia, Senador e Vice-Presidente do Senado Federal, Veneziano
Vital do Rêgo (MDB/PB), concedeu recentemente uma entrevista ao portal EPBR,
que é referência nacional nos debates de temáticas voltadas a mudanças
climáticas e a política energética, no País e no Mundo. Veneziano defendeu que
a avaliação de uma nova política voltada para preços de combustíveis precisa
partir da Petrobras. “Nós [parlamentares] vamos opinar, mas quem vai dar início,
em termos de proposta, é a Petrobras, que já inclusive anunciou isso”, disse Veneziano,
em entrevista à agência EPBR. Durante a entrevista, o Senador também defendeu
uma pauta que envolve montadoras e usineiros: a preservação do motor a
combustão e o etanol, como a rota da descarbonização do transporte, na
competição com os elétricos. Veja mais detalhes, CLIQUE AQUI. Papel natural da
Petrobras Para o Senador, é inviável escapar do papel “natural” da
companhia nas articulações por políticas para os consumidores de combustíveis.
É um tema pendente no país: a Petrobras, uma empresa pública e aberta, sofre
pressão política do governo pelo fim do PPI, as práticas comerciais criadas nos
governos passados para abrir o mercado nacional de combustíveis para outros
agentes. “Por maior que seja o malabarismo [para] dizer que uma coisa
não está vinculada a outra, está. Não é intromissão. A Petrobras não pode
deixar, através de quem a conduz, de propor como serão estabelecidas essas
políticas”, afirmou. A politização excessiva do debate pode dificultar a busca
por uma prática de preços que atenda “acima de tudo a função social” da
empresa, mas sem prejudicar os acionistas, sejam os minoritários ou o estado
brasileiro como majoritário, diz Veneziano. Ele assume a cadeira na frente parlamentar deixada por Jean
Paul Prates (PT), ex-senador pelo Rio Grande do Norte, que nem sequer concorreu
à reeleição e assumiu o comando da Petrobras nesse novo governo Lula. Esse mês,
o conselho da Petrobras efetivou Prates e sua nova diretoria em mandatos até
agosto de 2025. A transição completa no comando ocorrerá após 27 de abril, com
a eleição do novo conselho. Reforma tributária e ICMS A reforma tributária também está na pauta da frente da energia e a
primeira lei que alterou as regras do ICMS dos combustíveis completou um ano
agora em março, sem entrar plenamente em vigor. Tudo indica que o tema também
voltará a ser discutido na Câmara e no Senado. Veneziano afirma que (é necessário) ouvir agentes do setor
para colher as contribuições para a reforma administrativa, hoje em discussão
no grupo de trabalho formado na Câmara dos Deputados. E que é preciso fugir de
propostas de “cunho político eleitoreiro”, como o senador avalia que foi a
decisão do governo de Jair Bolsonaro em zerar os impostos federais durante a
corrida eleitoral de 2022. “Somos muito influenciados por estas políticas. A
discussão voltou pela necessidade da reoneração, então vai ser um tema que
estará na nossa agenda”, disse. Hidrogênio será um
dos focos do Senado Iniciativas que possam fomentar tecnologias,
pesquisas e estimular a produção do hidrogênio verde devem ser estudadas pela
frente parlamentar, segundo o presidente. É um debate ainda no campo teórico, mas que já é uma
realidade do Brasil e merece iniciativas legislativas. “Eu acho que cabe um
projeto de lei. Não é um debate abstracionista. A gente não pode tratar a
realidade do hidrogênio como muito distante dos dias atuais. Ela pode não estar
hoje consagrada em larga escala, mas amanhã ela estará”, avaliou o senador. Veneziano lembrou ainda que a cadeia do hidrogênio pode ser
integrada não apenas com a de eólicas offshore, mas também com a produção de
etanol — que pretende fazer alguma defesa enquanto presidente da frente. Recentemente, o Senado criou uma comissão temporária para
acompanhar e debater políticas públicas sobre hidrogênio verde. A criação da
comissão foi encabeçada por Cid Gomes (PDT/CE), que preside o grupo. Etanol vs elétricos:
a realidade do país A ideia de Veneziano é que haja um intercâmbio de
atuação entre a comissão e a frente da energia. O senador sinalizou uma
preocupação com iniciativas estrangeiras que buscam a eletrificação total da
frota e restrições severas ao uso de motores à combustão. Semana passada, a União Europeia deu os primeiros passos
para eliminar veículos leves responsáveis por emissões de carbono. Após
negociações, decidiu preservar os motores a combustão. O regulamento exige que
todos os carros novos vendidos emitam 55% menos CO2 a partir de 2030, em
comparação com os níveis de 2021, e sejam carbono zero a partir de 2035. Vale apenas para os veículos leves. Há uma outra proposta em
discussão para ônibus e caminhões seguindo a mesma linha, com metas até 2040. Por aqui, o senador Veneziano Vital do Rêgo defende que
quaisquer banimentos de rotas não são aplicáveis ao Brasil. “Qual é esse
impacto para uma economia que tem essa vasta dimensão de cultura canavieira,
por exemplo? Você tem que levar em consideração a realidade do país”. “Não há dúvida que, onde couber esses investimentos [em
transição da frota], serão bem vindos. Só não dá para substituir”, defende.
Essa é uma peça-chave das articulações do setor sucroenergético há anos no
Brasil e uma disputa global.
Diferentes cenários para zerar as emissões líquidas de
carbono na metade do século colocam a eletrificação como uma rota essencial. O
mercado brasileiro, por sua vez, atua para internacionalizar a solução
bioenergética. Montadoras embarcaram na disputa e diferente das empresas com
atuação no país, como Toyota e Volkswagen defendem a preservação do motor flex,
quase hegemônico nos veículos leves vendidos no mercado nacional. Assessoria,
com Portal EPBR, com foto: Geraldo Magela/Agência Senado
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