23/03/2023
Consumo nos lares brasileiros cresce 1,44% no 1º bimestre; valor da cesta de 35 produtos tem queda
BRASÍLIA, DF - O consumo nos lares brasileiros, medido pela
Associação Brasileira de Supermercados (Abras), encerrou o primeiro bimestre em
alta de 1,44%. Na comparação ante janeiro, houve recuo de 2%, atribuído ao
menor número de dias em fevereiro. Na comparação com fevereiro de 2022, houve
alta de 0,95%. O resultado contempla os formatos de loja atacarejo,
supermercado convencional, loja de vizinhança, hipermercado, minimercado e
e-commerce. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a Abras, durante o primeiro bimestre do ano os
recursos do reajuste do salário mínimo, a manutenção do valor de R$ 600 do
programa de transferência de renda, bem como dos números de beneficiários; o
pagamento do auxílio gás (fevereiro) e a menor pressão inflacionária nos preços
dos alimentos contribuíram para um consumo positivo, mas moderado. A entidade estima que o que deve sustentar o consumo nos
lares no primeiro trimestre, é o reajuste do salário mínimo em 7,42% para mais
de 60 milhões de pessoas; a manutenção do pagamento de R$ 600 do Bolsa Família,
o auxílio gás no valor de 100% da média nacional do botijão de gás de cozinha
de 13 quilos pago em fevereiro; o resgate do PIS/Pasep (de fevereiro a
dezembro) e o pagamento, a partir de 20 de março, de R$ 150 por criança de até
6 anos para as famílias inscritas nos programas de transferência de renda. “Outros recursos anunciados ou em análise pelo governo
federal tendem a ser direcionados para o consumo de alimentos, como a revisão e
ampliação das bolsas da área da educação, o reajuste dos servidores civis do
Poder Executivo e o novo reajuste do salário mínimo a partir de 1º de maio.
Para 2023, deve haver, inicialmente, um crescimento de 2,5% do consumo nos
lares”, disse a Abras. De acordo com os dados da Abras, o valor da cesta de 35
produtos de largo consumo (alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza,
itens de higiene e beleza) registrou queda de 0,39% em fevereiro. Com essa
variação, o preço na média nacional passou de R$ 754,98 em janeiro para R$
752,04 em fevereiro. No acumulado do ano, a cesta nacional tem recuo de 0,31%.
No bimestre, os recuos são mais expressivos para cebola
(31,82%) e tomate (6,30%), cortes de carne traseiro (1,14%) e dianteiro (3,33%)
e frango congelado (1,71%). Entre as altas aparecem o leite longa vida (4,31%),
queijos prato e muçarela (1,75%), ovos (2,55%), sabão em pó (2,55%),
desinfetante (1,68%), detergente líquido para louças (1,22%), água sanitária
(1,14%), sabonete (1,53%), creme dental (1,20%), papel higiênico (0,55%) e
xampu (0,50%). Flávia Albuquerque/Fernando Fraga – Agência Brasil, com foto: Tony Winston/Agência Brasília
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