14/03/2023
Morre aos 77 anos o ex-ministro Eliseu Padilha, vítima de câncer no estômago
PORTO ALEGRE, RS - Morreu na noite desta segunda-feira (13),
aos 77 anos, o ex-ministro Eliseu Padilha, informou sua assessoria. Ele fazia
tratamento contra um câncer no estômago no Hospital Moinhos de Vento, em Porto
Alegre. Padilha deixa a mulher e seis filhos. Segundo sua assessoria, o velório será realizado na
quarta-feira (15), entre 10h e 17h, no Palácio Piratini, sede do governo
estadual, na capital gaúcha. Depois, o corpo será levado para o Angelus
Memorial e Crematório, para cerimônia restrita aos familiares. Ex-ministro Filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB) desde
1966, foi ministro em governos do PSDB (assumiu a pasta dos Transportes entre
1997 e 2001, na gestão FHC), do PT (secretário de Aviação Civil de Dilma
Rousseff em 2015) e do MDB (foi ministro-chefe da Casa Civil entre 2016 e 2019
e ocupou interinamente o cargo de ministro do trabalho por cinco dias em 2018,
ambos no governo de Michel Temer). Natural de Canela, na Serra do RS, advogado e empresário,
Eliseu Padilha começou a carreira política em sua cidade natal no movimento
estudantil. Em 1967, passou a morar em Tramandaí, no Litoral Norte do estado,
onde se elegeu prefeito em 1989. Obteve o primeiro mandato de deputado federal
em 1995, a partir de quando começa a ocupar cargos no Executivo e na direção do
PMDB nacional. Como deputado federal pelo RS, cumpriu quatro mandatos,
entre os anos de 1995 e 2015. Padilha foi ministro de estado quatro vezes, em três
governos diferentes: entre 1997 e 2001, foi Ministro de Transportes de Fernando
Henrique Cardoso. Durante o governo de Dilma Rousseff, foi ministro-chefe da
Secretaria de Aviação Civil, cargo que cumpriu entre janeiro e dezembro de
2015. Nomeado logo no primeiro dia do segundo mandato de Dilma, Padilha acabou
acumulando funções políticas ao longo de 2015, em boa medida para ajudar Temer
a aprovar medidas de ajuste fiscal encomendadas pela petista. Ele pediu
demissão, no entato, logo depois que o então presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), acolheu o pedido de impeachment. Perto do fim do ano, Padilha sinalizou que deixaria o
governo no momento em que aliados de Temer passaram a demonstrar constrangimento
com a pressão do Planalto para que o vice se posicionasse contra o impeachment
de Dilma. Na carta de demissão, alegou "razões pessoais". Na entrevista em que explicou sua saída, disse que o PMDB
estava "dividido" sobre o impeachment, mas negou que seria um
articulador da destituição de Dilma.
Já no governo de Michel Temer, foi Ministro-Chefe da Casa
Civil entre 2016 e 2019 e ocupou interinamente o cargo de Ministro do Trabalho
por cinco dias, entre 5 e 9 de julho de 2018. g1, com foto: Wilson Dias/Agência Brasil
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