26/02/2023
Associação Brasileira de Supermercados aponta aumento no consumo nos lares brasileiros no mês de janeiro
BRASÍLIA, DF - O consumo nos lares brasileiros acumula alta
de 1,07% em janeiro, na comparação com o mesmo mês de 2022. Segundo a
Associação Brasileira de Supermercados (Abras), em relação a dezembro, houve
queda de 14,81%. Nessa análise, todos os indicadores são deflacionados pelo
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o levantamento inclui todos os
formatos operados pelos supermercados. De acordo com a Abras, tradicionalmente, o mês de janeiro
registra o menor consumo na comparação com o mês imediatamente anterior, por
causa do aumento do consumo nas festas de fim de ano. No entanto, a série
histórica da Abras, principalmente o período que abrange os últimos dois anos,
mostra que janeiro de 2023 teve a menor variação de queda no consumo na
comparação com dezembro. Para a Abras, isso indica que o consumo está centrado
nos lares, mesmo com a abertura de bares, restaurantes e setor hoteleiro. A associação estima que, no primeiro trimestre, determinados
fatores sustentem o consumo nos lares: o reajuste do salário mínimo (7,42%)
para mais de 60 milhões de pessoas; a manutenção do pagamento de R$ 600 do
Auxílio Brasil (Bolsa Família); o vale-gás, no valor de 100% da média nacional
do botijão de gás de cozinha de 13 quilos (a cada dois meses). Além disso, o resgate do Programa de Integração Social e do
Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) (de fevereiro
a dezembro) e o pagamento (a partir de março) de R$ 150 por criança de até 6
anos para famílias inscritas nos programas de transferência de renda devem
contribuir para o consumo doméstico. Para 2023, a Abras projeta crescimento de 2,50% no consumo
nos lares. Variação de preços O Abrasmercado, indicador que mede a variação de preços nos
supermercados, manteve-se estável (+0,08%) em janeiro na cesta composta por 35
produtos de largo consumo, como alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza
e itens de higiene e beleza. As principais altas foram puxadas por batata (14,14%),
feijão (5,69%), tomate (3,89%), arroz (3,13%) e farinha de mandioca (2,75%). Já
as quedas foram na cebola (22,68%), carne bovina corte dianteiro (1,93%),
frango (1,29%), óleo de soja (0,46%), leite em pó (0,45%), leite longa vida
(0,3%), carne bovina corte traseiro (0,12%). O recuo nos preços do corte
dianteiro foi mais expressivo no Sul (4,58%) e no Sudeste (3,19%). No recorte da cesta de alimentos básicos, composta por 12
produtos, houve alta de 0,25% em janeiro/2023 ante dezembro/2022 e o preço
médio da cesta passou de R$ 317,56 para R$ 318,35. Os itens básicos que
pressionaram a alta da cesta foram feijão (5,69%), arroz (3,13%) e derivados do
leite – queijo muçarela (0,46%) e queijo prato (0,46%). Na categoria de higiene e beleza, as variações de preços
foram altas no xampu (0,53%), sabonete (0,37%), creme dental (0,98%) e queda no
preço do papel higiênico (0,05%). Na cesta de limpeza as principais variações foram:
desinfetante (1,09%), sabão em pó (0,6%), detergente líquido para louças
(0,35%). Na análise regional, houve deflação nos preços das cestas do Sudeste
(-0,06%) e do Sul (-0,41%). Nas demais regiões as variações foram: Centro-Oeste
(+0,54%), Norte (+0,13%), Nordeste (+0,08%). Cestas regionais
Quanto ao preço médio da cesta Abrasmercado, composta por 35
produtos de largo consumo, a mais cara em janeiro foi a da Região Sul, R$
839,93. Em seguida, aparecem as regiões Norte, R$ 833,7, Sudeste, R$ 759,81,
Centro-Oeste, R$ 707,26, e Nordeste, R$ 685,03. Nádia Franco – Agência Brasil, com foto: Tony Winston/Agência Brasília
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