25/02/2023
Mais de 1,5 milhão de beneficiários serão excluídos do Bolsa Família em março por recebimento irregular
BRASÍLIA, DF - Mais de 1,5 milhão de beneficiários que
recebem o Bolsa Família irregularmente serão excluídos do programa social em
março, anunciou nesta sexta-feira (24) o ministro do Desenvolvimento e
Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias. Segundo o
ministro, mais 700 mil famílias com direito ao benefício serão incluídas no
programa. De acordo com o ministro, os beneficiários que deixarão de
receber o Bolsa Família têm renda acima do limite legal para o programa. Do
total de 1,5 milhão de pessoas, informou o ministro, existem cerca de 400 mil
cadastros unipessoais (famílias de apenas um membro). Ao mesmo tempo em que exclui beneficiários em situação
irregular, o ministério incluirá cerca de 700 mil famílias em março. De acordo
com o ministro essas pessoas cumprem os requisitos para receberem o Bolsa
Família, mas não conseguiam ser alcançadas, o que exigiu do governo a busca
ativa dos participantes. “Com a busca ativa e a rede do Sistema Único de Assistência
Social, que é muito preparada e muito competente, nós temos condições agora de
trazer também para o recebimento quem tem o direito e estava na fila, estava
fora”, destacou o ministro em nota enviada pela pasta. Revisão Outra ferramenta para reduzir os pagamentos indevidos de
benefícios, ressaltou o ministro, são os pedidos voluntários de exclusão do
Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Segundo o
ministro, até a manhã de hoje, 2.265 pessoas com cadastro unipessoal pediram
para ser retiradas do programa. A funcionalidade está disponível no aplicativo
do CadÚnico. Até o fim deste ano, o governo revisará o cadastro de 5 milhões
de famílias que se declaram unipessoais e recebem o Bolsa Família. De março a
dezembro, as pessoas serão chamadas para a revisão, sem necessidade de irem às
unidades de atendimento da assistência social. O governo também fará uma
campanha de utilidade pública para esclarecer a população sobre as regras e os
critérios de acesso aos programas e às políticas sociais. Ferramenta de identificação das famílias brasileiras de
baixa renda, o CadÚnico é administrado pelo Sistema Único de Assistência
Social. A partir da inscrição na ferramenta, a população vulnerável pode
acessar programas como Tarifa Social de Energia Elétrica, Minha Casa Minha Vida
e Benefício de Prestação Continuada (BPC), entre outros.
Com a retirada de parte dos beneficiários em situação irregular,
o governo deve começar a pagar em março o adicional de R$ 150 do Bolsa Família
para as famílias com crianças de até 6 anos. A Emenda Constitucional da
Transição, aprovada no fim do ano passado, assegurou recursos para o benefício
complementar. Wellton Máximo/Nádia Franco, com foto: José Cruz – Agência Brasil
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