28/01/2023
Presa idosa bolsonarista que disse ter “quebrado tudo” no STF e ameaçou o ministro Alexandre de Moraes
BRASÍLIA, DF - Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, de 67
anos, conhecida como "Fátima de Tubarão", em referência à cidade do
sul de Santa Catarina onde vive, está entre as pessoas presas nesta sexta-feira
(27) na terceira fase da operação da Lesa Pátria, que cumpre mandados em cinco
estados e no Distrito Federal contra envolvidos por organizar e participar dos
atos terroristas de 8 de janeiro. Os dois mandados da operação em Santa Catarina - um de
prisão e outro de busca e apreensão - foram cumpridos contra Fátima, que foi
flagrada invadindo o Palácio do Planalto. Ela não foi presa na época da invasão aos prédios do Três
Poderes e, até então, não constava na lista de investigados. O g1 busca contato
com a defesa dela. Nas imagens da invasão que viralizaram nas redes sociais,
'Fátima de Tubarão', fala: "Vamos para a guerra, é guerra agora. Vamos
pegar o Xandão agora", fazendo referência ao ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Alexandre de Moraes. Ela também declara em outro vídeo que
"estava quebrando tudo". Condenação por
tráfico de drogas Além do envolvimento nos atos golpistas, a idosa tem
antecedentes criminais em Santa Catarina. Ela responde a mais de um processo,
tendo inclusive uma condenação por tráfico de drogas em 2014. A pena foi de 3
anos, 10 meses e 20 dias de reclusão, que foi substituída por medidas
restritivas de direitos. O processo está em segredo de Justiça. Em outro caso, denúncia do Ministério Público de Santa
Catarina (MPSC) detalha que Fátima responde por falsificação de documento e
estelionato. O processo informou que ela falsificou o documento de uma
mulher em 2012 e realizou contratos de linhas telefônicas com a identidade
falsa. O crime, conforme o texto, só veio à tona quando a vítima passou a ser
cobrada pelos planos telefônicos. Operação Lesa Pátria Em todo o país são 11 mandados de prisão preventiva e 27 de
busca e apreensão em cinco estados e no Distrito Federal.
Ainda de acordo com a PF, os fatos investigados
"constituem, em tese, os crimes de": abolição violenta do Estado
Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa, incitação ao
crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido. g1, com foto: Reprodução/Redes Sociais
|