24/01/2023
Gasolina nos postos cai pela segunda semana consecutiva e volta a ficar abaixo de R$ 5, segundo a ANP
BRASÍLIA, DF - O preço médio do litro da gasolina vendido
nos postos do país recuou pela segunda semana consecutiva, segundo dados
divulgados nesta segunda-feira (23) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis (ANP). O preço médio do combustível caiu de R$ 5,04 para R$ 4,98 na
semana de 15 a 21 de janeiro – um recuo de 1,19%. O valor mais caro encontrado
pela ANP foi de R$ 6,99 o litro. O litro do etanol hidratado também caiu: foi de R$ 3,94 para
R$ 3,85 – uma queda de 2,28%. O valor mais alto encontrado pela agência na
última semana foi de R$ 6,57. Já o preço médio do diesel passou de R$ 6,36 para R$ 6,32 o
litro – recuo de 0,62%. O valor mais alto encontrado na semana foi de R$ 7,99. Investigação sobre
preços O presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica
(Cade), Alexandre Macedo, determinou, no dia 4 de janeiro, a abertura de
inquérito para investigar o aumento nos combustíveis em postos pelo Brasil. Na primeira semana do ano, o preço médio do litro da
gasolina subiu de R$ 4,96 para R$ 5,12, uma alta de 3,23%. O etanol e o diesel
também ficaram mais caros, com aumentos de 3,62% e 2,56%, respectivamente. No documento, o presidente do Cade sugere que a conduta
praticada pelos postos poderia se enquadrar como "infração concorrencial
da classe colusiva, ou seja, assemelhada a cartel e, portanto, possuindo os
mesmos efeitos danosos à concorrência.” Segundo Macedo, os aumentos, "às vésperas do período de
transição do governo", foram "evidentes". Na semana seguinte à decisão, os preços médios da gasolina,
do etanol e do diesel recuaram. Desoneração de
combustíveis O governo Lula (PT) publicou em 2 de janeiro medida
provisória que prorroga a desoneração dos impostos federais que incidem sobre
os combustíveis. Medidas provisórias têm força de lei assim que são
publicadas pelo Executivo, mas o Congresso precisa analisar e validar a
proposta em até 120 dias para que as regras passem a vigorar em definitivo. O governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) havia zerado
os impostos federais sobre os combustíveis, mas somente até 31 de dezembro de
2022. Para que a medida continuasse em vigor neste ano, era necessária a edição
de uma nova MP. Pelo texto da MP: - ficam reduzidas a zero, até 31 de dezembro de 2023, as
alíquotas dos impostos federais PIS/Pasep e Cofins que incidem sobre o diesel,
biodiesel, gás natural e gás de cozinha; - ficam reduzidas a zero, até 28 de fevereiro de 2023, as
alíquotas dos impostos federais PIS/Pasep e Cofins que incidem sobre gasolina,
álcool, querosene de aviação e gás natural veicular; - no caso da gasolina, a Cide, outro tributo federal, também
foi zerado até 28 de fevereiro. No dia 12 de janeiro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad
(PT), falou sobre os planos para cobrança de impostos federais sobre gasolina,
álcool, querosene de aviação e gás natural veicular.
"Essa decisão [de aumentar os tributos sobre
combustíveis] só será tomada quando estivermos à frente da Petrobras e no
momento adequado. É o que a lei hoje está prevendo. Que a desoneração da
gasolina até o final de fevereiro e do óleo diesel e gás até o fim do ano. Está
na forma da lei atual, isso não impede o presidente da república de reavaliar
esses prazos", declarou. g1, com foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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