01/11/2022
Preços da gasolina nos postos de combustíveis sobem pela 3ª semana seguida, diz ANP
BRASÍLIA, DF - O preço médio do litro da gasolina vendido
nos postos do país subiu pela terceira semana consecutiva, segundo dados da
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgados
nesta segunda-feira (31). O preço médio do litro avançou de R$ 4,88 para R$ 4,91 na
semana de 23 a 29 de outubro, uma alta de 0,6%. De acordo com o novo
levantamento da ANP, o valor máximo do combustível encontrado nos postos foi de
R$ 7,34. O litro do etanol hidratado também subiu: passou de R$ 3,54
para R$ 3,63, um avanço de 2,54% na semana. Essa é a quarta alta seguida no
preço do combustível, após cinco meses de queda. O valor mais alto encontrado
pela agência nesta semana foi de R$ 6,90. O diesel teve queda sensível. O preço médio do litro recuou
de R$ 6,59 para R$ 6,56, redução de 0,45%. O valor mais alto encontrado nesta
semana foi de R$ 7,99. Os dados da ANP dão sinais de estabilização nos preços dos
combustíveis, após semanas consecutivas de forte queda. Em junho, os preços do litro do diesel e da gasolina
alcançaram os maiores valores nominais pagos pelos consumidores para os
combustíveis desde que a ANP passou a fazer levantamento semanal de preços, em
2004. Defasagem A Petrobras tem como política de preços a Paridade de Preço
Internacional (PPI). O modelo determina que a estatal cobre, ao vender combustíveis
para as distribuidoras brasileiras, preços compatíveis com os que são
praticados no exterior. Segundo os últimos cálculos da Associação Brasileira dos
Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem média no preço do diesel
está em 6%, e no da gasolina, 8%. Isso significa que os preços da Petrobras
ainda estão mais baratos em relação aos praticados no exterior. Queda de preços Os preços dos combustíveis vinham sentindo o efeito da
limitação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), adotada
pelos estados após sanção do projeto que cria um teto para o imposto sobre
itens como diesel, gasolina, energia elétrica, comunicações e transporte
coletivo. Pelo texto, esses itens passam a ser classificados como
essenciais e indispensáveis, o que impede que os estados cobrem taxa superior à
alíquota geral, que varia de 17% a 18%, dependendo da localidade. Até então, os
combustíveis e outros bens que o projeto beneficia eram considerados supérfluos
e pagavam, em alguns estados, até 30% de ICMS.
Além disso, a Petrobras tem promovido sucessivos cortes nos
preços de venda da gasolina e do diesel para as refinarias. A queda nos postos
de combustíveis é influenciada também pelos preços do petróleo, que têm caído
no mercado internacional. g1, com foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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