22/09/2022
Anvisa proíbe venda de marca de macarrão e de outras massas contaminadas com substância tóxica
BRASÍLIA, DF - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) proibiu nesta quinta-feira (22) a comercialização, a distribuição e o
uso das massas alimentícias da marca Keishi, fabricadas pela BBBR Indústria e
Comércio de Macarrão. A determinação consta em resolução da Anvisa. De acordo com a agência, após uma inspeção feita em São
Paulo, fiscais sanitários descobriram que as massas fabricadas entre 25 de
julho e 24 de agosto deste ano podem conter propilenoglicol contaminado com
etilenoglicol, mesma substância encontrada em petiscos para cães que causou a
intoxicação e a morte de mais de 40 animais de estimação em diversas regiões do
país recentemente. O propilenoglicol contaminado foi fornecido pela empresa
Tecno Clean Industrial Ltda. "A Anvisa realizou inspeção na BBBR Indústria e
Comércio de Macarrão Ltda. e verificou que essa empresa adquiriu e usou o
insumo contaminado como ingrediente na linha de produção de suas massas",
informou a agência. A Keishi é responsável pela produção e comércio de vários
tipos de massas de estilo oriental, tais como udon, yakisoba, lamen, além de
massas de salgados, como gyoza. Os produtos são vendidos também na forma de
massas congeladas. O que fazer Segundo determinação da Anvisa, empresas que tenham as
massas da marca Keishi não devem comercializá-las nem utilizá-las. Consumidores
que tenham comprado algum desses produtos também não devem utilizá-los. Em
ambos os casos, deve-se entrar em contato com a empresa, para devolução dos
alimentos. Se o consumidor não encontrar a data de fabricação no rótulo
do produto, ele deve entrar em contato com a empresa, para confirmar sua
fabricação. Se não houver certeza a respeito dessa informação, a recomendação é
que não se consuma o produto. Etilenoglicol O etilenoglicol é um solvente orgânico altamente tóxico que
causa insuficiência renal e hepática quando ingerido, podendo levar à morte.
Não há autorização para o uso dessa substância em nenhum tipo de alimento. Propilenoglicol Já o aditivo alimentar propilenoglicol é autorizado para
alguns alimentos. Porém, segundo a Anvisa, seu uso não é permitido na categoria
de massas alimentícias. Muitas indústrias utilizam o propilenoglicol nos
processos de refrigeração, em que não há contato direto com o alimento. Nesses
casos, quando a substância é usada apenas no processo de refrigeração, não há
risco ao consumo dos produtos das empresas que tenham adquirido o insumo
contaminado. Empresa
Até o momento, a Keishi não se manifestou sobre a decisão da
Anvisa. A página de internet da companhia saiu do ar há algumas horas. A
reportagem tenta contato com representantes da empresa para obter um
posicionamento. Agência Brasil, com foto: Marcello Camargo
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