07/09/2022
Negacionismo? Baixa adesão leva Saúde a prorrogar Campanha Nacional de Vacinação
BRASÍLIA, DF - Em mais uma tentativa de incentivar a
imunização de crianças e adolescentes, o Ministério da Saúde prorrogou, até o
dia 30 deste mês, a Campanha Nacional de Vacinação que tem como foco a
paralisia infantil. Em ofício enviado nesta segunda-feira (5) pela pasta a
secretários estaduais e municipais da Saúde, o Ministério diz que a medida foi
motivada pela baixa adesão da população à campanha. Apenas 34% do público-alvo
de 1 a 4 anos tomou a vacina contra a poliomielite. “O Programa Nacional de Imunizações permanece alertando
sobre a importância e o benefício da vacinação do público-alvo das campanhas
para a manutenção da eliminação da poliomielite, uma vez que a doença permanece
como uma prioridade política, nacional e internacional, e a erradicação só será
possível mediante esforços globais, e pela necessidade de proteger as crianças
e adolescentes contra as doenças imunopreveníveis e respectivamente melhorar as
coberturas vacinais”, destaca o documento. O Brasil é considerado país livre da poliomielite desde
1994, mas, com a baixa adesão vacinal, médicos alertam para os riscos de volta
da doença, especialmente após o registro de novos casos no exterior, em países
como os Estados Unidos e Israel. O Brasil continua com a meta de imunizar 95%
de um total de 14,3 milhões de crianças. Vacinas Estão disponíveis em todo o país 18 imunizantes contra
várias doenças e, por isso, outro objetivo da ação é vacinar também
adolescentes menores de 15 anos, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Além da VIP (vacina inativada poliomielite), 17 vacinas
estão disponíveis para aplicação em crianças e adolescentes até 15 anos. As
vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, disponíveis para atualização da
carteirinha, são: hepatite A e B; penta (DTP/Hib/Hep B); pneumocócica 10
valente; VRH (vacina rotavírus humano); meningocócica C (conjugada); VOP
(vacina oral poliomielite); febre amarela; tríplice viral (sarampo, rubéola,
caxumba); tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba, varicela); DTP (tríplice
bacteriana); varicela e HPV quadrivalente (papilomavírus humano). Também estão à disposição para adolescentes as vacinas HPV,
dT (dupla adulto); febre amarela; tríplice viral, hepatite B, dTpa e
meningocócica ACWY (conjugada). Segundo o Ministério da Saúde, todos os imunizantes que
integram o Programa Nacional de Imunizações (PNI) são seguros e estão
registrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A campanha de vacinação coincide com a imunização contra a
covid-19, que está em andamento. Segundo o Ministério, as vacinas contra
covid-19 podem ser administradas de maneira simultânea ou com qualquer
intervalo com as demais do Calendário Nacional, na população a partir de 3 anos
de idade. Agência Brasil, com foto: Tomaz Silva
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