09/06/2022
Nilda lamenta decisão do STJ que desobriga plano de saúde de cobrir tratamentos fora do rol da ANS
BRASÍLIA, DF - A decisão do Superior Tribunal de Justiça
(STJ) de desobrigar os Planos de Saúde da cobertura de procedimentos que não
estejam listados no rol definido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)
significou um prejuízo enorme para a saúde do povo brasileiro, segundo
entendimento exposto pela senadora Nilda Gondim (MDB-PB). Em postagens em suas mídias sociais, Nilda Gondim afirmou
que o chamado “rol taxativo” é um crime contra a saúde dos brasileiros. “Essa
decisão mata!”, afirmou a senadora, observando que, com a decisão do STJ, os
planos de saúde só serão obrigados a cobrir as despesas com os procedimentos
taxativamente listados pela ANS, ficando os seus segurados completamente
desamparados no caso de serem acometidos de doenças que exijam outros tipos de
tratamento (incluindo os exames respectivos e necessários), mas que não tenham
sido previstas pela Agência Nacional de Saúde. Nos moldes anteriores à decisão do STJ, o rol de
procedimentos listados pela ANS era apenas exemplificativo, e isso garantia aos
segurados a possibilidade de recorrer à justiça nos casos em que os planos de
saúde se negassem a cobrir os gastos com tratamento de doenças não previstas
pela agência, podendo, os mesmos, conseguirem o tratamento por força de decisão
judicial. “Agora, com a decisão do tribunal, os planos terão uma lista
taxativa, onde são especificados os tipos de tratamento que têm a obrigação de
cobrir. E só”, lamentou a senadora.
“Terapias para autistas, uma cirurgia especial, um
tratamento alternativo para o câncer [...], tudo isso será banido da vida dos
brasileiros que pagam (muito caro) pela cobertura dos planos privados de
saúde”, exemplificou a senadora emedebista. E acrescentou: “Isso é uma
imoralidade. Uma indecência. Um ato de desumanidade. E uma coisa salta aos
olhos: a justiça voltou as costas para o povo. E a ANS, que deveria cuidar dos
interesses desse povo, agiu em defesa dos planos de saúde. Coisas de um Brasil
que está muito diferente. Bem menos humano. E que a gente precisa lutar para
resgatar”. Assessoria, com foto: Divulgação
|