07/05/2022
Custo da cesta básica aumenta em 17 capitais; João Pessoa tem menor variação
BRASÍLIA, DF - O custo da cesta básica de alimentos aumentou
em abril em todas as 17 capitais onde o Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza a Pesquisa Nacional da
Cesta Básica de Alimentos. De março para abril, as altas mais expressivas
ocorreram em Campo Grande (6,42%), Porto Alegre (6,34%), Florianópolis (5,71%),
São Paulo (5,62%), Curitiba (5,37%), Brasília (5,24%) e Aracaju (5,04%). A menor
variação foi observada em João Pessoa (1,03%). Segundo a pesquisa, São Paulo foi a capital onde a cesta
básica teve o maior custo (R$ 803,99), seguida por Florianópolis (R$ 788),
Porto Alegre (R$ 780,86) e Rio de Janeiro (R$ 768,42). Nas cidades do Norte e
Nordeste, onde a composição da cesta é diferente das demais capitais, os
menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 551,47) e João Pessoa
(R$ 573,70). Na comparação com abril do ano passado, todas as capitais
pesquisadas tiveram alta de preço, com variações que oscilaram entre 17,07%, em
João Pessoa, e 29,93%, em Campo Grande. A pesquisa indicou ainda que o salário mínimo necessário
para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 6.754,33,
ou 5,57 vezes o mínimo de R$ 1.212,00 em abril de 2022. Em março, o valor
necessário era de R$ 6.394,76, ou 5,28 vezes o piso mínimo. Em abril de 2021, o
valor do mínimo necessário era de R$ 5.330,69, ou 4,85 vezes o mínimo vigente
na época, de R$ 1.100. Produtos De acordo com a pesquisa, entre os produtos cujo preço
aumentou em todas as capitais estão o óleo de soja com as variações oscilando
entre 0,5%, em Vitória, e 11,34%, em Brasília; o pão francês, com as altas mais
expressivas em Campo Grande (11,37%), Aracaju (9,7%) e Porto Alegre (7,07%); a
farinha de trigo, com destaque para Belo Horizonte (11,08%), Porto Alegre (10,07%)
e Brasília (9,54%); o leite integral que teve os maiores aumentos em
Florianópolis (15,57%), Curitiba (14,15%), Porto Alegre (13,46%) e Aracaju
(11,31%); a manteiga, com elevações que variaram entre 0,61%, em Fortaleza, e
6,92%, em Curitiba; a batata, com taxas entre 14,63%, em Porto Alegre, e 39,1%,
em Campo Grande. Já os preços que aumentaram em 16 capitais foram os da
farinha de mandioca, com as maiores variações em Natal (7,76%) e Fortaleza
(3,73%), com a única queda ocorrendo em João Pessoa (-1,57%); o arroz agulhinha
teve altas que oscilaram entre 0,17%, em João Pessoa, e 10,24%, em Curitiba,
com retração em Campo Grande (-2,70%); o quilo do café em pó subiu
significativamente em Aracaju (7,58%), Florianópolis (4,67%), Belo Horizonte
(3,74%) e Fortaleza (3,74%). A única capital onde não houve elevação foi em
Vitória (-2,73%).
Em 15 capitais o feijão teve aumento de preço, com as taxas
do carioquinha em alta em todas as capitais onde é pesquisado e com variação
entre 3,86%, em João Pessoa, e 11,89%, em Belém. Já o preço do feijão preto,
pesquisado nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, diminuiu em
Vitória (-2,68%) e Florianópolis (-2,2%) e subiu em Porto Alegre (2,51%),
Curitiba (2,44%) e no Rio de Janeiro (0,57%). Agência Brasil, com foto: Tony Winston/Agência Brasília
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