22/04/2022
Servidores da Saúde de Campina Grande ameaçam greve "caso prefeitura continue a ignorar direitos"
CAMPINA GRANDE, PB - Os servidores da Saúde estiveram
mobilizados na manhã desta terça-feira, dia 19, na Secretária de Saúde, para
pressionar a gestão municipal a cumprir o Plano de Cargos da categoria,
reajustar a Data-Base, regulamentar a Lei Previne Brasil e melhorar as
condições de trabalho. O ato contou com a presença da vereadora Jô Oliveira (PC
do B) e, ao final, os servidores sinalizaram com a possibilidade de entrar em greve
por tempo indeterminado, caso a gestão continue a tratar com descaso os
direitos da categoria, segundo informou o sindicato que organizou o movimento. O ato foi um alerta para a gestão. De acordo com o Sintab, os
servidores não aguentam mais tanta cobrança sem valorização profissional. “Se
não houver avanço, não há outro caminho: será greve por tempo indeterminado”,
afirmou Giovanni Freire, presidente do sindicato. Ele informou que a
deliberação de greve acontecerá na próxima Assembleia dos Servidores da Saúde. Contextualizado as reivindicações da categoria, o sindicato
informou que faz 4 anos que os servidores da saúde não têm reajuste na
Data-Base, com os salários congelados, “enquanto a inflação corrói
gradativamente a renda mensal do servidor”. Em relação ao Plano de Cargos
(PCCR), desde que foi aprovado em 2011 as categorias cobram o seu cumprimento.
“Os servidores perderam as gratificações porque a gestão alegou que eles perdem
o direito de receber devido ao Plano de Cargos, mesmo não sendo cumprido”,
criticou Giovanni. Outro ponto de pauta em destaque na mobilização é a
regulamentação da Lei Previne Brasil. Através dos representantes do Conselho
Municipal de Saúde (CMS), o projeto de lei foi enviado ao Executivo. Porém, o
sindicato informou que a matéria encontra-se parada no Gabinete do Prefeito
para ser apreciado e remetida à Câmara Municipal. A vereadora Jô Oliveira
manifestou seu apoio à categoria. “Desde dezembro estamos na espera de chegar
na Câmara o projeto do Previne Brasil da forma como foi construído e dialogado
nas instâncias do Conselho Municipal. Nosso mandato se posicionará de acordo
com o interesse da categoria”. Insatisfeitos com a demora, e com boatos de que houve
modificações no que foi construído, os servidores, através do sindicato, exigem
que qualquer correção ou reavaliação seja debatida na comissão do Conselho.
“Não abrimos mão do pagamento do retroativo. Não havendo compromisso de
pagamento, não há obrigação dos profissionais cumprirem com os índices de
avaliação”, disse Giovanni.
Na última reunião com a diretoria do Sintab, no dia 25 de
fevereiro, o secretário de saúde Gilney Porto se comprometeu de encaminhar a
questão do PCCR dos servidores da saúde e dos agentes de saúde, garantindo que
até abril sairiam as progressões. Porém, até o momento nenhuma dessas medidas
foi tomada. Para mais informações, o Sintab disponibiliza aos servidores o
telefone (83) 3341-3178 ou suas redes sociais no Facebook e Instagram. Assessoria, com foto: Assessoria
|